Brasil, 16 de maio de 2025
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Senador Fabiano Contarato apoia CPMI do INSS em meio a controvérsias

O senador Fabiano Contarato assinou apoio à CPMI do INSS, desafiando diretrizes do Palácio do Planalto e levantando críticas sobre investigações.

Nesta sexta-feira (16/5), o senador Fabiano Contarato, do Partido dos Trabalhadores (PT) do Espírito Santo, se pronunciou sobre sua assinatura ao requerimento para a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), uma iniciativa apoiada pela oposição e marcada por polêmicas.

Compromisso com a transparência

Em seu pronunciamento, Contarato enfatizou: “O meu compromisso com o combate à corrupção é inegociável, como sempre foi, tanto na vida pública quanto no exercício do meu mandato.” Essa declaração reflete uma postura firme do senador em relação à integridade e à transparência em sua atuação política.

De acordo com informações do Metrópoles, a adesão de alguns senadores petistas à CPMI do INSS ocorreu sem comunicação prévia com o Palácio do Planalto, gerando um movimento interpretado como isolado e contraditório às diretrizes do governo federal. Contarato foi o primeiro a assinar o requerimento, que aconteceu na quinta-feira (15/5).

Um cenário de discordâncias

O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho, anunciou que a bancada apoiaria a instalação da comissão durante uma audiência com o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz. Entretanto, o apoio à CPMI está cercado de tensões. A orientação da administração federal é de que a bancada petista não deve apoiar a investigação, uma vez que já há uma apuração em curso pela Polícia Federal (PF).

Contarato argumentou: “O relatório da CGU mostra os valores absurdos movimentados pelas entidades e pessoas investigadas. É necessário entender como isso aconteceu, quem permitiu, quem se beneficiou e por que as providências não foram tomadas antes.” Esse apelo à transparência foi feito na esperança de que a CPMI possa aprofundar a investigação sobre possíveis irregularidades no INSS.

A CPMI e sua relação com o governo

A proposta de uma CPMI do INSS faz ecoar lembranças de comissões do passado que se mostraram desafiadoras para o governo de Jair Bolsonaro, como a CPI da Pandemia. O governo atual vê essa nova comissão como um possível espaço para “guerra política”, dado que a PF já está em fase de investigação. A avaliação do governo é que a CPMI não trará contribuições significativas além do que já está sendo apurado pela Polícia Federal, afetando apenas os processos já em andamento.

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também se posicionou sobre a CPMI, alertando que uma investigação no calor do momento político atual pode prejudicar as investigações policiais em andamento. “Uma CPMI pode comprometer o sucesso da investigação policial, que deve permanecer protegida de interferências externas e do vazamento de informações. Também pode atrasar o ressarcimento das vítimas, já que sua duração está prevista para seis meses, impactando nas medidas já em curso,” declarou a ministra.

Repercussões e futuras investigações

Enquanto o governo defende a ideia de uma investigação coordenada exclusivamente pela PF, a determinação de Contarato e de outros senadores que apoiam a CPMI sugere uma crescente pressão por transparência e responsabilidade na gestão do INSS. Esse cenário ilustra não apenas as divisões políticas atuais, mas também a complexidade envolvida quando se trata de investigações que podem afetar a confiança pública nas instituições governamentais.

À medida que a situação se desenrola, a CPMI do INSS se apresenta como um campo de batalha político, onde a luta pela verdade encoraja tanto apoio quanto resistência. Os próximos passos dos envolvidos na CPMI e as respostas do governo podem moldar o futuro da confiança pública e da governança no Brasil.

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