Brasil, 16 de maio de 2025
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Motorista sem CNH é julgado por homicídio após acidente em SP

Após cinco anos, Gustavo Amaro Silva enfrenta julgamento por acidente que resultou na morte de um motociclista em São Paulo.

Um caso que chocou São Paulo há cinco anos volta à tona com o julgamento de Gustavo Amaro Silva, que dirigia uma BMW sem carteira de habilitação e é acusado de homicídio por dolo eventual. Ele é responsabilizado por causar a morte de Leandro Caproni, de 27 anos, em um acidente trágico ocorrido em 22 de dezembro de 2019, na Radial Leste. O julgamento começou nesta sexta-feira (16) e atraiu a atenção da mídia e da sociedade, dada sua gravidade e as circunstâncias envolvidas.

O acidente e suas consequências

O acidente ocorreu em um trecho movimentado da Radial Leste, onde Gustavo perdeu o controle do veículo, invadiu o canteiro central e colidiu com uma moto e um carro que trafegava na direção oposta. As imagens capturadas por câmeras de segurança mostraram o momento impressionante em que a BMW destrói duas árvores antes de colidir com outros veículos, resultando em ferimentos também no passageiro do carro atingido.

Leandro Caproni era um jovem empreendedor, formado em comunicação, que tinha sua própria produtora de filmes e se destacava na criação de videoclipes e documentários. Infelizmente, sua vida foi interrompida abruptamente; o impacto da colisão foi tão severo que lhe causou a morte instantânea, com os legistas confirmando que o motociclista sofreu politraumatismo.

As acusações contra o réu

Gustavo enfrenta acusações de homicídio por dolo eventual e lesão corporal, sendo que ele estava dirigindo a uma velocidade superior ao limite permitido de 50 km/h. O velocímetro da BMW estava travado em 110 km/h no momento do acidente, embora a perícia não tenha conseguido determinar a velocidade exata em que o veículo se encontrava. Essa questão será crucial durante o julgamento, pois a velocidade pode agravar a responsabilidade do réu.

A defesa de Gustavo alegou que ele estava passando por problemas de saúde mental e, por esse motivo, foi autorizada pela Justiça a acompanhar o julgamento por videoconferência. Durante os depoimentos, Gustavo declarou que havia aprendido a dirigir sozinho e que não lembrava se tinha atropelado outros veículos ou se a velocidade era culpada pela perda de controle do carro. Ele admitiu ter pegado a BMW emprestada de um amigo de seu pai, que era dono de um restaurante, e não possuía habilitação para conduzir o veículo, o que é considerado um crime por si só.

A repercussão e o clamor por justiça

A repercussão do caso gerou um clamor por justiça, especialmente entre os amigos e familiares de Leandro, que lutam para que o acusado seja responsabilizado de forma adequada. O advogado da família, Luís Fernando Beraldo, expressou sua esperança de que Gustavo enfrente uma pena significativa que reflita a gravidade do crime cometido. “Espero que ele receba pelo menos uns 13 a 14 anos de pena”, afirmou Beraldo em um depoimento recente.

Reflexões sobre as leis de trânsito e a segurança nas estradas

Este trágico acidente levanta importantes questões sobre a segurança nas estradas e a necessidade de um rigor mais forte nas leis de trânsito no Brasil. Enquanto muitos lamentam a perda de Leandro, também se faz necessário uma reflexão mais ampla sobre as consequências de dirigir sem habilitação e em alta velocidade. Casos como este são um lembrete cruel de que a irresponsabilidade ao volante pode ter consequências fatais, não apenas para o motorista, mas para vidas inocentes.

O julgamento de Gustavo Amaro Silva continua a ocorrer no Fórum da Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo. A sociedade aguarda ansiosamente a decisão do júri popular, que pode definir não apenas o destino do réu, mas também servir como um alerta sobre os perigos das imprudências no trânsito.

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