O julgamento pela morte de Diego Maradona, iniciado em 11 de março, trouxe à tona não apenas questões legais e éticas, mas também uma inesperada transformação física do neurocirurgião Leopoldo Luque, um dos sete réus. Recentemente, Luque chamou a atenção ao conquistar uma medalha em uma competição de fisiculturismo, logo após o início do processo judicial que o envolve em um caso de acusação de homicídio simples com intenção eventual. Essa reviravolta nas suas atividades não passou desapercibida e gerou comentários tanto na mídia quanto nas redes sociais.
Um novo capítulo para Leopoldo Luque
Luque, que atualmente tem 43 anos, foi alvo de críticas e atenções desde que se tornou um dos principais responsáveis pelo tratamento de Maradona. De acordo com seu advogado, Julio Rivas, o neurocirurgião começou a praticar musculação como uma forma de lidar com a pressão que enfrentou. O apoio de amigos, que divulgaram sua conquista nas redes sociais como um marco em sua “carreira” no fisiculturismo, tornou-se um assunto de debate e curiosidade em meio ao julgamento.
A vitória de Luque foi revelada pelo jornalista Leonardo Martínez, que acompanhou o processo. Em suas redes sociais, Luque posou orgulhoso com uma das medalhas conquistadas, gerando reações mistas entre os que acompanham o caso. “Ótimo Leooooo!!!! Início de carreira no fisiculturismo”, escreveu um amigo na publicação, enquanto outros expressaram dúvidas sobre a adequação do momento para celebrações pessoais em meio a um julgamento tão pesado.
Acusações graves e busca por justiça
O caso de Maradona, que faleceu em 25 de novembro de 2020, levanta questões profundas sobre responsabilidade médica. Durante a primeira audiência do julgamento, Patricio Ferrari, um dos promotores adjuntos de San Isidro, foi enfático ao afirmar: “O direito à verdade é um direito humano. Hoje, Diego Armando Maradona, seus filhos, seus entes queridos e o povo argentino merecem justiça.”
A acusação se baseia nas condições em que Maradona foi internado em uma clínica de reabilitação após uma cirurgia para remoção de um hematoma subdural. De acordo com Ferrari, o tratamento foi realizado de forma inadequada, caracterizando uma internação imprudente e sem os devidos protocolos. “O teatro de horrores que era a casa onde Maradona morreu, onde ninguém fez o que deveria ter feito,” comento o promotor, em uma tentativa de esclarecer a gravidade das alegações em torno do caso.
Próximos passos no julgamento
Desde o início do processo, Luque tem comparecido esporadicamente ao tribunal. Em uma de suas aparições, pediu permissão para faltar às sessões a fim de poder trabalhar. O julgamento deve seguir adiante, e há expectativas de que Luque preste depoimento perante os juízes Maximiliano Savarino, Verónica Di Tommaso e Julieta Makintach, após a fase probatória. Este momento pode ser crucial, não apenas para sua defesa, mas para a compreensão total das circunstâncias envolvidas na morte de Maradona.
É um desafio duplo para Luque: lidar com as complexidades legais do caso enquanto enfrenta a pressão e a crítica pública, agora exacerbadas por suas recentes conquistas no fisiculturismo. A sociedade argentina aguarda com apreensão os desdobramentos desse julgamento, enquanto as questões de responsabilidade e ética médica ainda precisam ser analisadas à luz da trágica história de Diego Maradona.
O caso segue com novos testemunhos e provas sendo apresentados, e a expectativa é que nas próximas semanas novos desdobramentos possam ocorrer, não apenas no tribunal, mas também nas redes sociais, onde o diário da vida de Luque e sua nova fase de competidor de fisiculturismo continuam a gerar interesse entre os seguidores de Maradona e os fãs de esportes em geral.