Na manhã desta sexta-feira (16/5), o governo do Rio Grande do Sul confirmou um foco de gripe aviária em uma granja localizada no município de Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O local, que abrigava aproximadamente 17 mil aves, enfrentou um impacto devastador, com um número significativo de aves morrendo e o restante sendo sacrificado para conter a propagação da doença.
Detalhes do surto na granja
Durante a coletiva, a coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Avícola, Ananda Kowalski, informou que, em um dos galpões da granja, todas as galinhas morreram, enquanto no outro, cerca de 80% das aves também sucumbiram à doença. O restante foi sacrificado nas últimas 48 horas para evitar a disseminação do vírus.
A granja em questão é responsável pela produção de ovos férteis, que são comercializados para o desenvolvimento de aves de corte. Entretanto, com o surgimento da gripe aviária, todo o material produzido no local está sendo rigorosamente rastreado e eliminado. “Estamos fazendo o rastreamento de todos os ovos que saíram da granja, tanto dentro quanto fora do estado”, afirmou Ananda. As autoridades estão tomando medidas preventivas para assegurar que não haja mais movimentações de ovos contaminados.
Restrições sanitárias e monitoramento
Como parte das medidas de controle, foi publicada uma portaria pelo ministro da Agricultura, que estabelece uma área de restrição de 10 km ao redor da granja afetada. “O que estiver fora desse raio, teremos circulação normal. Não há restrições de abate em outras unidades, pois foi uma situação de emergência”, destacou Ananda.
O cenário é preocupante, e o governo gaúcho está atento a qualquer nova ocorrência. Assim, as equipes técnicas estão em constante monitoramento para garantir a segurança sanitária. O impacto do surto na indústria avícola da região ainda poderá ser avaliado nos próximos dias, à medida que as medidas de controle forem aplicadas e a situação for acompanhada de perto.
Casos no zoológico e precauções adicionais
Além da situação na granja, outro caso alarmante ocorreu no Parque Zoológico de Sapucaia do Sul, onde 38 cisnes e patos foram confirmados como vítimas da gripe aviária. O governo do Rio Grande do Sul também confirmou que essas mortes foram causadas pela mesma cepa do vírus, o H5N1. Os especialistas do zoológico mencionaram que as aves morreram subitamente, sem mostrar sintomas prévios, o que aumenta a preocupação sobre a eficácia dos monitoramentos atuais.
“Nós temos os resultados do diagnóstico que identificou a presença do vírus. Agora precisamos realizar exames complementares para determinar o sequenciamento do vírus como um todo”, afirmou a coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Avícola. A identificação de múltiplos focos de gripe aviária na região levanta questões sobre a segurança alimentar e a saúde pública, e as autoridades têm reforçado a importância de seguir as recomendações sanitárias e de vigilância.
Considerações finais e ações futuras
Com a confirmação dos dois focos de influenza aviária, o estado do Rio Grande do Sul se vê diante de um desafio significativo. A situação exige uma ação coordenada entre órgãos de saúde pública, agricultura e meio ambiente para controlar a propagação do vírus entre aves e evitar que o problema se agrave.
O trabalho das equipes técnicas será fundamental para monitorar tanto as granjas quanto os zoológicos, assegurando que todos os protocolos de saúde pública sejam seguidos. A população deve permanecer atenta às orientações das autoridades de saúde e reportar qualquer incidência suspeita que possa indicar a presença do vírus.
Essas medidas, juntamente com uma conscientização sobre os riscos e cuidados, são essenciais para proteger a saúde da população e a produção avícola na região, momentos críticos que exigem cooperação e vigilância constantes por parte das autoridades e da sociedade.