Brasil, 16 de maio de 2025
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Desigualdade salarial entre mulheres e homens em Piracicaba

Salário médio feminino na RMP foi de R$ 2,1 mil, 14,2% inferior ao masculino no 1º trimestre de 2023, revela estudo do Observatório.

No primeiro trimestre de 2023, a desigualdade salarial entre homens e mulheres na Região Metropolitana de Piracicaba (RMP) se manteve evidente, com o salário médio de contratação das mulheres alcançando R$ 2.125,66, enquanto o dos homens foi de R$ 2.478,85. Esses dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, e foram apresentados em um estudo do Observatório da RMP.

Contexto da desigualdade salarial

A diferença de 14,2% nos salários marca uma continuação de um padrão de disparidade que persiste na região. Apesar dessa desigualdade, a análise do Observatório indica uma leve melhora na proporção de salários recebidos pelas mulheres. Em comparação ao terceiro trimestre de 2022, quando as mulheres recebiam apenas 84% do que os homens estavam ganhando, essa relação aumentou para 86% no início de 2023.

Valorização salarial por gênero

O estudo também revela a valorização salarial diferenciada entre os gêneros. As mulheres passaram a receber uma valorização média de 15,4% em seus salários iniciais, em contraste com um aumento de 12,8% para os homens. Essas porcentagens apontam para uma tentativa de equilibrar a diferença, embora o progresso continue aquém do desejado.

Setores com valorização acima da média

Além das diferenças de gênero, o levantamento destacou os setores que apresentaram valorização salarial acima de 20% na contratação entre 2022 e 2025. Estes incluem administração pública, defesa, seguridade social, e atividades relacionadas à cultura e recreação, assim como eletricidade, gás, agricultura e pecuária. Esses setores se mostraram mais resilientes frente à inflação, que, conforme o IPCA, se manteve alta.

Por outro lado, setores como saúde humana, serviços sociais e comércio tiveram desempenhos aquém da inflação acumulada de 13,9% durante o mesmo período. Isso demonstra que, para muitas mulheres e homens empregados nesses ramos, a valorização salarial não foi suficiente para superar o impacto da alta nos preços.

Implicações sociais e econômicas

A desigualdade salarial tem profundas implicações para a sociedade, afetando não apenas a economia individual das trabalhadoras, mas também a economia regional. A manutenção dessa diferença de salário gera um ciclo que dificulta a ascensão econômica das mulheres, limitando seu acesso a melhores oportunidades e condições de vida.

Estudos como o do Observatório da RMP são fundamentais para trazer à tona essas questões e promover debates sobre a necessidade de políticas mais inclusivas que busquem mitigar essa disparidade. Uma maior equidade salarial não deve ser apenas uma meta, mas uma condição essencial para o desenvolvimento social e econômico da região.

Desafios futuros

A luta pela igualdade salarial é um desafio que continua a exigir atenção e ação. Iniciativas de conscientização nas empresas, além da implementação de políticas públicas que incentivem a igualdade de gêneros no mercado de trabalho, são cruciais para que a disparidade salarial diminua de forma significativa nos próximos anos.

As próximas medições e estudos devem continuar a monitorar essa situação, permitindo que a sociedade compreenda as mudanças necessárias e as metas a serem alcançadas, visando um futuro mais justo e igualitário para todas e todos.

Para mais informações sobre a desigualdade salarial e suas consequências, acompanhe as atualizações em veículos de comunicação como o g1 Piracicaba e participe de discussões que promovam a equidade nas relações de trabalho na RMP.

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