O Centro-Oeste paulista vive uma grave situação de saúde pública, com a confirmação de 101 mortes por dengue em 2025. Os dados alarmantes foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, que atualizou o painel de arboviroses nesta quinta-feira (15). A região, que já ultrapassou 71 mil casos da doença somente neste ano, enfrenta uma epidemia que preocupa autoridades e especialistas.
A situação na região
Entre os cinco óbitos mais recentes, três ocorreram na cidade de Marília, uma em Assis e outra em Canitar. Marília lidera o triste ranking de mortes, contabilizando 20 vítimas, seguida por Ourinhos com 9, Assis com 8, Lins com 7 e Promissão, que também registrou 7 mortes. Esse cenário alarmante é agravado pelas condições das unidades de saúde da região, que estão superlotadas não apenas por casos de dengue, mas também por doenças respiratórias comumente observadas no outono.
Casos e atenção da população
Dentre os municípios impactados, Bauru se destaca como a cidade com o maior número de registros da doença, totalizando 10.566 confirmações, seguida de perto por Marília com 9.588 casos. Assis, Ibitinga e Ourinhos também apresentam índices elevados, com mais de 6 mil, 4 mil e 4.071 casos, respectivamente. Esse aumento expressivo no número de casos e de mortes gera um alerta urgente para a necessidade de ação por parte da população.
As autoridades de saúde reforçam que a principal forma de prevenção continua sendo a eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor responsável pela transmissão da dengue. A orientação é clara: todos devem se engajar em práticas que ajudem a eliminar qualquer recipiente que acumule água parada, manter as caixas d’água bem tampadas, manter as calhas limpas e evitar o acúmulo de lixo que possa servir de abrigo para o mosquito.
Histórico de mortes em 2025
O triste marco deste ano se iniciou no dia 24 de janeiro, quando a Prefeitura de Marília confirmou a primeira morte por dengue no município e em todo o centro-oeste paulista de 2025. A vítima, uma mulher de 45 anos, já tinha histórico de outras doenças, o que agravou seu quadro. Desde então, a situação só piorou, evidenciada pelos altos números de internações e casos registrados nas unidades de saúde da região.
Encaminhamentos e ações futuras
Perante essa realidade, é fundamental que os cidadãos se tornem agentes ativos na prevenção da dengue. Campanhas educativas estão sendo implementadas, fiscalizações estão em curso e parcerias com a sociedade civil são necessárias para que ações efetivas sejam realizadas. Nas escolas, por exemplo, atividades de conscientização estão sendo promovidas para ensinar crianças e adolescentes sobre a importância da prevenção. Afinal, a saúde pública é uma responsabilidade coletiva.
Além disso, o governo estadual tem se dedicado a fortalecer a rede pública de saúde, buscando recursos para melhorar as condições das unidades já sobrecarregadas. O desafio é não apenas tratar os doentes, mas também evitar que mais casos se tornem uma realidade no futuro próximo. A luta contra o mosquito Aedes aegypti deve ser contínua, e a colaboração da população é imprescindível.
Com mais de 101 vidas perdidas em decorrência da dengue em apenas alguns meses, a situação exige ações imediatas e eficazes. A urgência da eliminação de criadouros se torna clara, e a mudança de hábitos pode fazer toda a diferença na preservação da saúde e bem-estar da população do Centro-Oeste paulista.
Para mais informações
Os interessados em acompanhar as atualizações sobre a dengue em sua região podem acessar o site do g1 Bauru e Marília, onde são publicadas diversas notícias a respeito da saúde pública e outras informações relevantes.