Brasil, 16 de maio de 2025
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Ceará registra menor número de nascimentos desde 2001

Nascimentos no Ceará caem 0,8% em 2023, atingindo o menor patamar desde 2001, apontam dados do IBGE.

O Ceará viveu em 2023 um marco importante nas suas estatísticas de natalidade, registrando o menor número de nascimentos desde 2001. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado contabilizou apenas 110.128 nascimentos no ano, representando uma queda de 0,8% em relação a 2022. Esse movimento reflete uma tendência de redução da fecundidade que vem se consolidando nas últimas décadas.

A análise da natalidade no Ceará

Embora a diminuição dos nascimentos tenha sido vista em anos anteriores, a de 2023 é a mais significativa desde 2001, quando o total foi de 95.332 nascimentos vivos. O fenômeno preocupa especialistas, pois aponta para uma mudança cultural e social que pode influenciar a dinâmica demográfica do estado nos próximos anos.

De acordo com o IBGE, vários fatores estão envolvidos nessa retração. Entre eles, destaca-se a redução da natalidade e da fecundidade, como já apontam os últimos Censos Demográficos. Além disso, os efeitos da pandemia de covid-19 também impactaram o número de nascimentos, especialmente em relação à média anual dos registros entre 2015 a 2019, que perdeu cerca de 17 mil nascimentos.

Caracterização dos nascimentos em 2023

Em 2023, a média mensal de nascimentos foi de 9,1 mil. Maio se destacou como o mês com o maior número de registros, uma tendência que se repete nos anos anteriores, onde o sobrenome de novos cidadãos costuma ter maior volume no primeiro semestre. Outra mudança significativa observada é a idade das mães, que estão cada vez mais retardando a maternidade. Em 2023, uma em cada quatro mães tinha entre 25 e 29 anos, invertendo a proporção das mães mais jovens de até 24 anos.

Impactos em outras áreas demográficas

Além da queda no número de nascimentos, o IBGE também reportou outros dados relevantes sobre o Ceará. O número de mortes caiu 6,7% em comparação a 2022, com uma média de 4,1 mil mortes a menos. Também foi identificado que mais da metade dos falecimentos ocorreu entre pessoas de 70 anos ou mais (54,4%).

Por outro lado, os casamentos civis apresentaram um crescimento de 2%, mantendo uma tendência de aumento desde 2021. Dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo, 60% foram realizadas por mulheres. Ademais, tanto homens quanto mulheres estão optando por se casar mais tarde; em 2023, 34,1% das mulheres casaram com 35 anos ou mais, enquanto 41,8% dos homens estavam nessa mesma faixa etária.

Divórcios e guarda compartilhada

O estado também registrou uma queda de 1,4% nos divórcios, refletindo a sétima menor taxa geral de separações no Brasil. Vale destacar que 42,6% dos divórcios ocorreram em famílias com filhos menores de idade, e a guarda compartilhada representou 34,8% desses casos, um aumento considerável em comparação aos 5,6% registrados em 2014.

Esses dados demográficos revelam um Ceará em transformação, onde as decisões relacionadas a maternidade, casamento e separação estão cada vez mais influenciadas por fatores sociais, culturais e econômicos. Resta acompanhar como essa nova configuração impactará o futuro do estado e suas políticas sociais e de saúde.

As Estatísticas do Registro Civil de 2023 trazem à tona não apenas uma reflexão sobre a redução da natalidade, mas também sobre as tendências contemporâneas que moldam a sociedade cearense. A análise desses dados é fundamental para entender melhor os desafios e as oportunidades que surgem nesse novo cenário demográfico no estado.

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