Brasil, 15 de maio de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

João Guilherme chama atenção após criticar Virginia Fonseca na CPI

Após curtir crítica a Virginia Fonseca, João Guilherme gera polêmica nas redes sociais durante a CPI das BETs.

O ator João Guilherme se tornou o centro das atenções nas redes sociais após curtir uma publicação que critica a presença de sua cunhada, Virginia Fonseca, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das BETs. O “like” foi dado em um post da deputada federal Célia Xakriabá, que expressou sua indignação sobre a conduta de alguns senadores durante o depoimento da influenciadora.

A crítica de Célia Xakriabá

No texto compartilhado por Célia Xakriabá, ela questionou por que senadores interromperam a sessão para tirar fotos e gravar vídeos com Virginia enquanto esta era interrogada. A parlamentar destacou que “Enquanto famílias se endividam, ele diz que ela ‘movimenta a economia’. Esse é o nível de quem deveria fiscalizar. É escárnio, não política”, referindo-se ao senador Cleitinho.

A repercussão do “like” de João Guilherme, conhecido por se manifestar raramente sobre questões políticas, surpreendeu seus seguidores e expôs as tensões em torno da CPI das Apostas, que suscita debates acalorados desde a convocação de Virginia para prestar esclarecimentos acerca de sua relação com casas de apostas esportivas.

Objetivos da CPI das Apostas

A CPI foi criada com a missão de investigar os impactos negativos das plataformas de apostas no bem-estar financeiro das famílias brasileiras, além de examinar possíveis ligações com o crime organizado. Instituída em 12 de novembro de 2024, a CPI, presidida pela senadora Soraya Thronicke, tem previsão inicial de encerramento em maio de 2025, mas que foi prorrogada até junho.

Os principais eixos do trabalho da CPI incluem:

Análise socioeconômica

Avaliação dos impactos das apostas online na renda familiar, com foco no endividamento.

Aspectos criminais

Investigação de indícios de lavagem de dinheiro e vínculos com organizações criminosas.

Regulação da publicidade

Fiscalização da atuação de influenciadores digitais na promoção dessas plataformas, muitas vezes sem alertar sobre os riscos envolvidos.

A participação de Virginia Fonseca na CPI

Virginia Fonseca foi convocada a depor para esclarecer o papel das celebridades na promoção de casas de apostas. A CPI busca analisar a responsabilidade de influenciadores quanto à possível normalização dos jogos de azar entre os jovens, incluindo a influência direta sobre comportamentos de risco.

A relatora Soraya Thronicke enfatizou a relevância de compreender como a presença dessas personalidades nas redes sociais pode impactar a sociedade, especialmente os públicos mais vulneráveis.

Repercussões do depoimento de Virginia

Durante a sessão, um vídeo antigo de Virginia gerou desconforto, levando-a a expressar sua insatisfação. Um dos pontos mais debatidos foi um suposto contrato com a empresa de apostas Esportes da Sorte, que conteria uma “cláusula da desgraça”, garantindo pagamentos baseados nas perdas dos apostadores. Virginia refutou a existência desse termo, afirmando que seu contrato apresentava apenas uma bonificação atrelada à performance, a qual não foi atingida.

Em suas palavras, “Meu contrato previa um pagamento fixo durante 18 meses”, e não incluiu elementos que compensassem diretamente as perdas dos usuários.

Conscientização sobre os riscos das apostas

A influenciadora também afirmou que sempre buscou informar seu público sobre os riscos envolvidos na prática de apostas, seguindo as normas do Conar. “Sempre deixei explícito que se trata de uma atividade de risco”, disse, detalhando que seus seguidores eram alertados sobre a natureza volátil das apostas.

Reflexões sobre parcerias futuras

Ao ser questionada sobre arrependimentos, Virginia afirmou que não se arrepende, mas refletirá com prudência sobre futuras colaborações com o sector de apostas. “Não tem como eu resolver os problemas financeiros que outros enfrentam por conta das apostas”, afirmou, destacando a limitação de sua responsabilidade.

Próximos passos da CPI

A CPI deve seguir ouvindo outros influenciadores e representantes das casas de apostas com o intuito de entender melhor o impacto das suas campanhas publicitárias. Documentos pertinentes aos contratos de Virginia foram entregues para análise sob sigilo, e as expectativas giram em torno de novos depoimentos que possam elucidar a influência dessas personalidades no crescente fenômeno das apostas no Brasil.

O desdobramento dessa investigação mostrará se haverá mudanças nas práticas de publicidade e na regulamentação das apostas, visando proteger os consumidores brasileiros.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes