A sequência de cinco vitórias nas últimas seis partidas — incluindo o clássico contra o Fluminense e dois confrontos pela Libertadores — não apenas elevou o moral dos jogadores do Botafogo, como também diminuiu a pressão externa sobre o trabalho do técnico Renato Paiva. Apesar de não ser unanimidade entre os torcedores, há um reconhecimento crescente de que, juntamente com os bons resultados, o desempenho da equipe subiu de nível, mesmo com a ausência de jogadores-chave. No triunfo por 3 a 2 contra o Estudiantes, na última quarta-feira, o Botafogo enfrentou o adversário com cinco desfalques: Bastos, Barboza, Savarino, Matheus Martins e Mastriani.
A confiança da diretoria em Renato Paiva
Ainda que a sequência vitoriosa tenha aliviado a pressão sobre o técnico, a diretoria do Botafogo já demonstrava confiança no trabalho de Paiva desde o início, mesmo em momentos de dificuldades nos resultados. Esta confiança foi fortalecida com as vitórias recentes. Desde sua chegada, o português implementou uma metodologia de trabalho que vem sendo muito valorizada pela diretoria. Os dirigentes acreditam que os treinos bem estruturados e a preparação tática têm contribuído para o desempenho positivo em campo.
Um bom exemplo do planejamento de Paiva foi observado durante o jogo contra o Estudiantes. O treinador tinha uma estratégia definida para enfrentar a linha defensiva do time argentino, que se mostrou eficaz, apesar do “apagão” da equipe após sofrer o primeiro gol. O desempenho, mesmo diante das adversidades, foi considerado um ponto positivo na avaliação da diretoria.
Bom relacionamento com os jogadores
Outro aspecto que tem contribuído para a estabilidade de Renato Paiva no comando do Botafogo é o seu bom relacionamento com jogadores, membros da diretoria e demais funcionários do clube. Diferentes fontes consultadas destacam que o técnico é acessível e bem-quisto no ambiente de trabalho. Esta habilidade de interação com o grupo foi um diferencial que nem todos seus antecessores conseguiram cultivar. Paiva parece ter conseguido construir uma atmosfera de respeito e proximidade.
Um episódio que ilustra bem essa dinâmica ocorreu durante o último jogo. Após Artur marcar um gol decisivo, o lateral-esquerdo Alex Telles se aproximou da comissão técnica para sugerir ajustes táticos. Telles, um dos líderes do elenco e com experiência em grandes competições, propôs que a equipe fechasse a defesa para garantir a vitória, demonstrando uma postura proativa e engajamento nas decisões táticas, algo que Paiva valorizou.
A expectativa para o clássico contra o Flamengo
Com a moral elevada, o Botafogo se prepara para enfrentar o Flamengo no próximo domingo, um clássico que promete ser desafiador. Este será o primeiro duelo de Renato Paiva contra o rival rubro-negro, e o técnico mostra confiança nas capacidades de sua equipe. Paiva destaca a importância de jogar sem medo e manter a postura competitiva, especialmente em um jogo que é, por si só, uma grande vitrine para os jogadores.
— Quero que minha equipe jogue com o Flamengo como fez nos últimos dois jogos: de igual para igual. Precisamos ser mais competentes fora de casa para brigarmos por títulos. Vamos jogar com zero medo contra uma grande instituição do Rio de Janeiro, como a nossa — afirmou Paiva, reforçando a determinação em buscar uma vitória que quebraria o jejum do Botafogo fora de seus domínios no Campeonato Brasileiro.
A perspectiva de um bom desempenho no clássico é reforçada pela confiança gerada pela sequência recente de vitórias. Assim, Renato Paiva busca consolidar a fase positiva do time e, com isso, firmar sua posição frente à torcida e à diretoria do clube.
Com os últimos resultados e a crescente sintonia entre comissão técnica e jogadores, o Botafogo pode estar se ajustando para um futuro mais promissor, enquanto o próximo desafio no Maracanã se aproxima.