A produção de cana-de-açúcar no Brasil deve alcançar 663,4 milhões de toneladas no ciclo 2025/26, queda de 2% em relação à safra anterior, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A redução é atribuída às condições climáticas desfavoráveis, principalmente no Sudeste, principal região produtora.
Queda de produtividade impacta Sudeste, mas produção de açúcar deve bater recorde
A produtividade média caiu para 75.451 kg/ha, reflexo de chuvas irregulares e altas temperaturas, com destaque para São Paulo, onde até incêndios afetaram os canaviais. Ainda assim, a produção de açúcar pode atingir 45,9 milhões de toneladas — a maior da série histórica —, compensando parte das perdas.
Centro-Oeste e Sul apresentam crescimento moderado
No Centro-Oeste, a produção deve subir 2,1%, chegando a 148,4 milhões de toneladas, impulsionada por expansão de área plantada. A região Sul também aumentará sua área cultivada, com estimativa de 34,4 milhões de toneladas colhidas.
Norte e Nordeste devem ter leve crescimento
As regiões Norte e Nordeste apresentam tendência de aumento na área plantada e produtividade. A produção esperada é de 4,2 milhões e 56,3 milhões de toneladas, respectivamente, com início da colheita nordestina a partir de agosto.
Produção de etanol encolhe, mas milho ganha espaço
A produção de etanol total (cana e milho) deve recuar 1%, alcançando 36,82 bilhões de litros. O etanol de cana cairá 4,2%, enquanto a produção a partir do milho deve crescer 11%, consolidando a diversificação da matriz de combustíveis renováveis no país.
Brasil mantém competitividade no cenário global
Apesar da redução na safra de cana, o Brasil segue competitivo no mercado internacional, com custos de produção baixos e cenário de oferta reduzida em países concorrentes. A expectativa é manter os embarques em níveis robustos ao longo do ciclo 2025/26.