O Governo Federal fechou março de 2025 com superávit primário de R$ 1,1 bilhão, segundo o Tesouro Nacional. O resultado, que não considera o pagamento de juros da dívida, é o melhor para o mês desde 2021 e representa uma reversão positiva frente ao déficit de R$ 1,08 bilhão registrado em março do ano passado.
Receita em alta e despesas sob controle impulsionam saldo positivo
A melhora foi impulsionada pela alta na arrecadação de impostos como o Imposto de Renda, administrado pela Receita Federal, e por uma leve redução nas despesas totais, especialmente nos gastos discricionários, saúde e Bolsa Família. Já os gastos com benefícios previdenciários e seguro-desemprego apresentaram crescimento.
Trimestre fecha com saldo positivo de R$ 54,5 bilhões, superávit
No acumulado de janeiro a março, o superávit primário chegou a R$ 54,5 bilhões — mais que o dobro dos R$ 20,2 bilhões registrados no mesmo período de 2024. A principal razão foi a ausência de pagamentos concentrados de precatórios, o que ocorreu no ano passado, em função de uma mudança no cronograma de desembolsos.
Receita sobe e despesas caem no início de 2025
A receita líquida do Governo Central somou R$ 576,5 bilhões no primeiro trimestre, alta de 2,7% em relação ao ano anterior. Já as despesas totais caíram 3,4%, totalizando R$ 522 bilhões. O resultado reforça o esforço do governo para atingir a meta fiscal de déficit zero em 2025, dentro da margem de 0,25% do PIB.