Brasil, 25 de abril de 2025
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Cerca de 62% dos brasileiros deixam de procurar atendimento médico por superlotação, aponta pesquisa

Cerca de 62% dos brasileiros evitam ir ao médico por causa da superlotação nos postos de saúde, segundo pesquisa recente.
Foto: Divulgação

Uma pesquisa inédita revelou que 62% dos brasileiros que precisaram de atendimento médico na atenção primária à saúde no último ano não procuraram o serviço. Os principais motivos foram a superlotação, a demora no atendimento, a automedicação e a crença de que o problema não era grave, fatores que podem agravar o quadro clínico e sobrecarregar o sistema de saúde.

Superlotação e automedicação afastam usuários da atenção primária à saúde

Segundo o levantamento realizado pela Vital Strategies e Umane, com apoio técnico da UFPel, 46,9% dos entrevistados apontaram a lotação como principal obstáculo para buscar atendimento primário. Além disso, 35,1% admitiram recorrer à automedicação, enquanto 34,6% subestimaram a gravidade do problema.

Agravamento de doenças por falta de atendimento médico

Especialistas alertam que a ausência de um primeiro atendimento adequado pode atrasar o diagnóstico e agravar condições tratáveis. “A atenção primária tem um papel fundamental na prevenção e na promoção da saúde”, explica Luciana Sardinha, da Vital Strategies. “Procurar o serviço só quando o quadro se agrava representa um custo maior para o paciente e para o sistema”.

Falta de acesso também contribui para a crise

Cerca de 40,5% dos entrevistados tentaram, mas não conseguiram atendimento nos últimos 12 meses. Entre os motivos, destacam-se o longo tempo de espera (62,1%), falta de equipamentos (34,4%) e ausência de profissionais qualificados (30,5%). Para Thais Junqueira, da Umane, esses dados escancaram a urgência por reformas estruturais e investimentos estratégicos no setor.

Telemedicina e eficiência: caminhos para o futuro

Entre as alternativas propostas para enfrentar a crise na atenção primária à saúde, está a ampliação da telemedicina. A tecnologia pode reduzir filas e democratizar o acesso a especialistas, especialmente em regiões carentes de infraestrutura.

Qualidade do atendimento é reconhecida, apesar dos desafios

Apesar das dificuldades, o estudo mostra que a percepção sobre a qualidade do atendimento é majoritariamente positiva. Itens como respeito à privacidade (79,2%) e clareza nas explicações médicas (75,1%) foram bem avaliados. No entanto, problemas como tempo de espera e dificuldade de encaminhamento seguem como pontos críticos.

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