Brasil, 7 de abril de 2025
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Pela primeira vez em 10 anos Maternidade Dona Evangelina Rosa zera óbitos maternos

Referência em Teresina, unidade celebra avanço histórico na assistência à saúde materno-infantil
Protocolos moderno e tecnologia mudam realidade de mães na Evangelina Rosa. Foto: Ascom

A Nova Maternidade Dona Evangelina Rosa, em Teresina (PI), alcançou um marco histórico na saúde pública: zero óbitos maternos registrados nos últimos três meses. O feito é reflexo de uma combinação de investimentos em infraestrutura, capacitação profissional e incorporação de tecnologias de ponta no cuidado com gestantes e puérperas.

A conquista reforça o papel estratégico da unidade como referência no atendimento materno-infantil, não só no Piauí, mas em todo o Nordeste. Segundo a direção da maternidade, a meta é seguir avançando para manter os bons resultados e ampliar a cobertura do serviço.

Investimento em tecnologia e capacitação elevou a qualidade do atendimento

Nos últimos meses, a maternidade passou por um processo contínuo de modernização. Equipamentos de última geração foram incorporados às salas de parto, UTI neonatal e centro cirúrgico. Além disso, os protocolos clínicos foram atualizados com base em diretrizes nacionais e internacionais.

Outro ponto fundamental foi o investimento na capacitação das equipes. Médicos, enfermeiros, técnicos e demais profissionais de saúde participaram de cursos regulares sobre manejo de complicações obstétricas, atendimento humanizado e segurança do paciente.

“A Nova Maternidade tem conseguido reduzir indicadores negativos, como a mortalidade materna, algo que não ocorria há 10 anos. Com um corpo clínico altamente qualificado e em constante treinamento, estrutura moderna e tecnológica, farmácia bem abastecida, laboratório eficiente e banco de sangue próprio, a unidade garante um atendimento seguro e de qualidade”, destaca Luciano Malta, coordenador de obstetrícia da NMDER.

Impacto direto na redução da mortalidade materna

A ausência de óbitos maternos em um período de três meses representa um avanço expressivo na saúde pública local. A maternidade realiza, em média, mais de mil partos por mês — o que torna o índice ainda mais relevante.

A paciente Luana Alencar, que deu à luz na NMDER, foi internada na UTI materna com quadro de eclâmpsia e infecção no fígado para tratamento e observação.

Nova Evangelina Rosa
Paciente deu à luz na Evangelina Rosa e sobreviveu após complicações. Foto: Ascom

“Vim regulada de Picos para cá já em trabalho de parto, sem saber que estava com a pressão alta. Fui encaminhada para ter um suporte maior, e o atendimento foi muito ágil. Se não tivesse sido assim, algo poderia ter acontecido comigo e com meu bebê. Na UTI, fui monitorada 24 horas e fiquei três dias sob controle rigoroso”, relata Luana.

Durante a internação, ela recebeu medicação intravenosa e acompanhamento multidisciplinar especializado. “O atendimento foi excelente, desde os médicos até as equipes de enfermagem e nutrição. Além disso, a psicologia me ajudou a lidar com a ansiedade por estar distante do meu bebê”, acrescenta a paciente.

A mortalidade materna é considerada um dos principais indicadores da qualidade dos serviços de saúde, e sua redução está diretamente associada à eficiência do atendimento durante o pré-natal, parto e pós-parto.

Especialistas apontam modelo como referência para outras unidades

Para especialistas em saúde pública, o desempenho da Nova Maternidade Dona Evangelina Rosa é resultado de uma gestão comprometida com boas práticas. A combinação de infraestrutura adequada, protocolos eficientes e valorização profissional é, segundo eles, o caminho para reduzir de forma consistente os índices de mortalidade materna no Brasil.

“Esse resultado reflete o compromisso da nossa equipe com a segurança e qualidade da assistência. Já vínhamos reduzindo os índices de mortalidade materna e infantil nos últimos anos, mas passar três meses sem óbito materno é inédito. Isso mostra que as melhorias estruturais e nos processos de trabalho têm feito diferença na vida das pacientes”, afirma Carmen Ramos, diretora da NMDER.

Maternidade quer manter excelência e ampliar impacto regional

A expectativa agora é consolidar os avanços e expandir a atuação da unidade, tanto em número de atendimentos quanto em áreas como humanização do parto, acolhimento familiar e formação de profissionais.

A Secretaria de Saúde do Piauí reforçou, em comunicado oficial, que a maternidade continuará recebendo suporte técnico e financeiro para garantir a manutenção dos padrões de excelência. O plano de trabalho inclui novos treinamentos, aquisição de insumos e fortalecimento da rede de apoio às gestantes.

Comitê de Óbitos investiga causas e propõe melhorias na assistência

Desde 2017, a maternidade conta com o Comitê Interno de Óbitos, responsável por analisar os dados de morbimortalidade materna, infantil e fetal. Em 2024, a NMDER já havia registrado uma redução de 11% nos óbitos maternos e de 18,8% nos óbitos infantis em comparação com o mesmo período de 2023. Os primeiros meses de 2025 reforçam a importância das mudanças implementadas na unidade.

“Esse resultado reflete o compromisso da nossa equipe com a segurança e qualidade da assistência. Já vínhamos reduzindo os índices de mortalidade materna e infantil nos últimos anos, mas passar três meses sem óbito materno é inédito. Isso mostra que as melhorias estruturais e nos processos de trabalho têm feito diferença na vida das pacientes”, afirma Carmen Ramos, diretora da NMDER.

O coordenador do Comitê, Antônio da Costa e Silva Neto, explica que a função do grupo é identificar os óbitos, investigar suas causas e buscar soluções para aumentar a evitabilidade desses eventos. “O óbito materno é devastador e, muitas vezes, evitável. O comitê analisa cada caso para compreender os fatores que levaram ao desfecho fatal e propor melhorias na assistência”, ressalta o coordenador.

O planejamento familiar também é essencial para a redução dos índices de mortalidade materna. “Garantir que a paciente engravide no momento certo, com a devida assistência e orientação, é fundamental. O planejamento familiar também é crucial para mulheres com doenças crônicas, nas quais a gestação pode ser contraindicada temporariamente. Nosso objetivo é assegurar uma gestação segura, reduzindo riscos tanto para a mãe quanto para o bebê”, destaca.

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