Brasil, 10 de março de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

🌾 Haddad prevê queda da inflação em 2025 impulsionada por supersafra

A Conab estima produção de grãos em 325,7 milhões de toneladas na safra 2024/25. Foto: Divulgação

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad prevê queda da inflação e anunciou recentemente que o preço dos alimentos deverá diminuir em 2025, influenciada principalmente pela supersafra agrícola prevista para este ano. Além disso, a valorização do real frente ao dólar também é apontada como um fator que contribuirá para a desaceleração inflacionária.​

Projeções para a Safra 2025

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2025 está estimada em 322,6 milhões de toneladas, representando um aumento de 10,2% em relação a 2024. Este crescimento é atribuído a condições climáticas favoráveis e ao aumento da área plantada.​

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) corrobora essa perspectiva otimista, prevendo uma produção de 325,7 milhões de toneladas para 2025, o que consolidaria a maior safra agrícola da história do país. Produtos essenciais para o consumo interno, como arroz e feijão, também devem registrar aumentos significativos na produção, contribuindo para a estabilidade dos preços desses alimentos no mercado doméstico.​

Haddad prevê queda da inflação e valorização do real

A expectativa de uma safra recorde tem implicações diretas na inflação, especialmente no que se refere aos alimentos. Uma oferta abundante tende a reduzir os preços, beneficiando os consumidores e contribuindo para a desaceleração da inflação geral. Economistas projetam uma redução na inflação alimentar para cerca de 6% em 2025, em comparação com 8% em 2024. ​

Além disso, a supersafra pode impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) do país. O setor agropecuário desempenha um papel crucial na economia brasileira, e um desempenho robusto nesse segmento pode compensar eventuais desacelerações em outros setores. Embora o crescimento de 3,4% do PIB em 2024 tenha sido notável, as projeções para 2025 apontam para uma expansão mais moderada, em torno de 2,5%, conforme mencionado pelo ministro Haddad.​

Fatores adicionais influenciando a economia

A valorização do real frente ao dólar é outro elemento que pode impactar a inflação. Um real mais forte torna as importações mais baratas, o que pode contribuir para a redução dos preços de produtos importados e, consequentemente, da inflação. No entanto, essa valorização também pode afetar a competitividade das exportações brasileiras, exigindo um equilíbrio cuidadoso na política cambial.​

É importante notar que, apesar das perspectivas positivas, desafios como a logística de escoamento da safra e a volatilidade dos mercados internacionais podem influenciar os resultados finais. A alta no preço do diesel, por exemplo, pode elevar os custos de transporte agrícola, impactando os preços ao consumidor.

Supersafra 2025

A previsão de uma supersafra em 2025 traz otimismo para a economia brasileira, com expectativas de redução da inflação dos alimentos e contribuição positiva para o crescimento econômico.

Além da expansão da produção, a logística de transporte se torna um fator crucial para garantir que a supersafra de 2025 tenha impacto positivo na economia. O aumento nos investimentos em infraestrutura rodoviária, ferroviária e portuária é uma resposta direta à necessidade de um escoamento mais eficiente, reduzindo perdas e garantindo que os produtos cheguem ao mercado com menor custo. A melhoria da malha de transportes não só fortalece o agronegócio, como também pode contribuir para a estabilização dos preços ao consumidor, já que um frete mais barato tende a reduzir o custo final dos alimentos.

Com a safra recorde prevista, especialistas alertam para a importância de medidas complementares, como a ampliação da armazenagem de grãos e o aprimoramento da gestão logística. A soja e o milho, que lideram a produção brasileira, dependem de operações ágeis para evitar gargalos e desperdícios. Além disso, a diversificação dos modais de transporte, incluindo maior utilização de hidrovias e ferrovias, pode ser um diferencial estratégico para manter a competitividade do Brasil no comércio exterior e consolidar o país como um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes