Durante a cúpula do BRICS, realizada recentemente, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, criticou duramente o papel de Israel no conflito do Oriente Médio, especificamente em relação aos ataques a Gaza. Em seu discurso, Maduro expressou insatisfação com as ações militares israelenses, afirmando que os bombardeios e as ofensivas feitas por Israel contra a Palestina são um sinal de que a justiça internacional não está funcionando como deveria.
Maduro, que tem se posicionado frequentemente em defesa da causa palestina, destacou que o conflito em Gaza é uma tragédia humanitária que vem sendo negligenciada pela comunidade internacional. Segundo o presidente venezuelano, as ações de Israel constituem violações dos direitos humanos e da soberania palestina, o que, na sua opinião, deveria mobilizar uma resposta mais contundente de órgãos internacionais.
Críticas ao sistema internacional de justiça
O discurso de Maduro também abordou a ineficácia das instituições internacionais em lidar com o que ele chamou de “impunidade” de Israel. Para ele, o atual sistema de justiça internacional está falhando ao permitir que conflitos como o da Palestina e Israel se arrastem sem uma solução justa e pacífica. “Estamos vendo como a justiça internacional não age como deveria diante de uma guerra que afeta a dignidade de um povo”, declarou.
Essa crítica faz parte de um posicionamento mais amplo de Maduro, que frequentemente desafia a ordem internacional liderada por potências ocidentais, denunciando o que considera ser uma manipulação das instituições globais a favor de interesses hegemônicos.
Repercussão e posicionamento
A declaração de Nicolás Maduro foi recebida com reações mistas no cenário internacional. Enquanto seus aliados e simpatizantes apoiam seu discurso em defesa da Palestina, críticos acusam o presidente venezuelano de usar a questão do Oriente Médio como uma distração dos problemas internos da Venezuela, como a crise econômica e a situação dos direitos humanos no país.
A Venezuela tem mantido uma posição firme de apoio à causa palestina e frequentemente critica ações militares de Israel, alinhando-se a outros governos da América Latina que compartilham a mesma visão.