Teresina, 23 de novembro de 2024
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Aumento de casos de febre maculosa em Campinas preocupa autoridades de saúde

Cresce o número de casos de febre maculosa em São Paulo
O Ministério da Saúde está acompanhando as investigações dos casos e distribuindo antimicrobianos para o tratamento da febre maculosa aos estados. É essencial que a população esteja atenta aos sintomas da doença e procure atendimento médico adequado em caso de suspeita.

Uma adolescente de 16 anos que estava internada com suspeita de febre maculosa em Campinas, no estado de São Paulo, faleceu na noite de terça-feira (13). A jovem estava hospitalizada desde o dia 9 de junho, após ter participado de uma festa na Fazenda Santa Margarida, no distrito de Joaquim Egídio. Além dela, outras três pessoas que também estiveram no evento faleceram e tiveram a doença confirmada como a causa.

A Secretaria de Saúde de Campinas informou que a adolescente estava internada em um hospital particular da cidade. Até o momento, o Instituto Adolfo Lutz ainda não divulgou os resultados dos exames para confirmar ou descartar o diagnóstico de febre maculosa.

De acordo com o Ministério da Saúde, a febre maculosa é uma doença infecciosa aguda e de gravidade variável, podendo se manifestar de forma leve ou grave, com alta taxa de letalidade. A doença é causada por duas bactérias do gênero Rickettsia e sua transmissão ocorre por meio da picada do carrapato estrela.

A febre maculosa não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa por contato. Seus sintomas podem ser facilmente confundidos com outras doenças que causam febre alta. Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo orienta que as pessoas que vivem ou se deslocam por áreas de transmissão fiquem atentas a sinais como febre, dor no corpo, desânimo, náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal, e procurem atendimento médico informando sobre a possibilidade de exposição a áreas de risco. O tratamento é realizado com antibióticos específicos.

Vítimas frequentaram o mesmo local

Além da adolescente, o Instituto Adolfo Lutz confirmou também nesta terça-feira mais duas mortes por febre maculosa. Um piloto de 42 anos e uma jovem de 28 anos também faleceram devido à doença, segundo a Secretaria da Saúde de São Paulo. Essas três pessoas, juntamente com as outras vítimas, estiveram na Fazenda Santa Margarida no dia 27 de maio, quando ocorreu o evento “Feijoada do Rosa”, tradicional na região.

Diante desses casos, a Prefeitura de Campinas declarou que a fazenda está enfrentando um surto da doença e determinou que a realização de novos eventos no local está condicionada à apresentação de um plano de contingência ambiental e de comunicação. A administração municipal ressaltou que a suspensão dos eventos não implica na interdição da fazenda.

A Fazenda Santa Margarida afirmou, em nota, que sempre atua de acordo com as exigências da Vigilância Sanitária e que mantém um rigoroso processo de manutenção e cuidados com o espaço. A organização do evento expressou solidariedade aos amigos e familiares das vítimas e afirmou que não há correlação entre as atrações oferecidas no evento e as causas anunciadas. No entanto, ressaltou que não se pode descartar a possibilidade de contaminação durante a frequência na fazenda, considerando o reforço das autoridades sanitárias locais sobre a cidade de Campinas como foco da doença.

Casos registrados em São Paulo

A febre maculosa no estado de São Paulo é mais comumente registrada nas regiões de Campinas, Piracicaba, Assis, áreas mais periféricas da região metropolitana de São Paulo e no litoral. Campinas e Piracicaba são os municípios com maior número de casos registrados. Em 2023, já foram registrados 9 casos da doença no estado, com 6 óbitos confirmados.

O Ministério da Saúde informou que está em contato com o Centro de Vigilância Epidemiológica do estado de São Paulo e o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS-Nacional) para acompanhar as investigações dos casos. O órgão também destaca que realiza a distribuição de antimicrobianos para o tratamento da febre maculosa aos estados e promove a capacitação das vigilâncias estaduais e municipais, além de divulgar diretrizes técnicas com orientações de manejo clínico e ambiental.

É importante que a população esteja atenta aos sintomas da doença, como febre, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, gangrena nos dedos e orelhas, e paralisia dos membros que se inicia nas pernas e pode chegar aos pulmões, causando parada respiratória. Em caso de suspeita, é fundamental procurar atendimento médico adequado.

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