Teresina, 2 de maio de 2024
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Arthur Lira questiona Flávio Dino sobre operação da Polícia Federal

Aliados de Arthur Lira suspeitam que operação da PF foi retaliação do governo porque ela ocorreu em memento de tensão na Câmara Federal.
Arthur Lira encontra Flávio Dino após operação da Polícia Federal. Segundo a imprensa, aliados do presidente da Câmara suspeitam de retaliação.
Arthur Lira e Flávio Dino conversaram sobre operação da Polícia Federal. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Brasília – Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, manteve um diálogo na última quinta-feira (1º) com o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB). A pauta da conversa foi a recente operação da Polícia Federal que envolveu pessoas próximas ao deputado. Lira buscou esclarecimentos sobre a operação, questionando se existia alguma ligação com eventos políticos atuais.

Segundo fontes familiarizadas com a conversa, Dino assegurou ao deputado que não exerce qualquer influência sobre as investigações e que não foi informado com antecedência sobre a operação. O encontro entre Lira e Dino foi inicialmente noticiado pelo portal Metrópoles e posteriormente confirmado pela Folha de São Paulo.

Aliados políticos de Lira apontam para uma coincidência intrigante entre a data da operação da Polícia Federal e a votação de uma medida provisória na Câmara, essencial para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esses aliados insinuam que a operação policial pode ser uma maneira do governo retaliar o deputado.

Aliados de Arthur Lira suspeitam de retaliação do governo

Lira chegou a levar a votação da medida provisória, que reestruturou a Esplanada dos Ministérios, até os últimos momentos, quase infligindo a maior derrota ao governo até então. A medida foi aprovada na noite de quarta-feira (30), após intensas negociações, enquanto a operação que investiga aliados de Lira foi deflagrada no dia seguinte. A proximidade das datas levantou suspeitas entre os aliados do presidente da Câmara.

Por outro lado, representantes do governo refutam a ideia de que a operação seja uma forma de retaliação, argumentando que a ação da Polícia Federal foi adiada porque alguns dos investigados estavam no exterior. De acordo com informações do Painel, a operação, que teve início nesta quinta-feira, estava originalmente programada para o dia 23 de maio, mas foi adiada porque dois dos alvos estavam em Miami, EUA, entre os dias 16 e 28 do mês passado. A operação foi retomada após o retorno dos investigados ao Brasil.

A investigação da Polícia Federal

A operação da Polícia Federal nesta quinta-feira incluiu mandados de prisão e busca e apreensão, parte de uma investigação sobre desvios em contratos de aquisição de kits de robótica com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A investigação foi iniciada após uma reportagem da Folha de São Paulo, publicada em abril do ano passado, sobre aquisições realizadas em municípios de Alagoas, todas com uma mesma empresa, de propriedade de aliados de Lira.

Nesta semana, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto do marco temporal, criticado por ambientalistas e indígenas por dificultar a demarcação de terras indígenas. Também aprovou uma versão da medida provisória que reestrutura a Esplanada dos Ministérios, enfraquecendo pastas como o Ministério do Meio Ambiente e o dos Povos Indígenas.

Ainda assim, a derrota para o governo poderia ter sido maior. Nos últimos dois dias, líderes partidários mobilizaram-se para rejeitar a medida provisória, que significaria voltar à configuração da Esplanada dos Ministérios durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Após negociações, os líderes chegaram a um acordo para aprovar a proposta. No entanto, Lira expressou seu descontentamento com a articulação política do governo e disse que, a partir de agora, a gestão de Lula teria que se sustentar por seus próprios méritos no Congresso.

Arthur Lira nega desconforto

Durante uma entrevista à GloboNews, Arthur Lira, que foi um dos principais aliados do ex-presidente Bolsonaro e teve o apoio da base governista de Lula para ser reeleito presidente da Câmara em fevereiro deste ano, afirmou que não se sente afetado pela operação da Polícia Federal. Ele assegurou que não tem qualquer relação com os acontecimentos e que se sente confortável em sua posição de defensor das emendas parlamentares que beneficiam todo o Brasil e sua população.

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