Países assinam acordo nuclear nesta quinta(25)
Em um movimento que pode alterar significativamente o equilíbrio de poder na região, a Rússia e a Bielorrússia assinaram um acordo para implantar armas nucleares na Bielorrússia. Os ministros da Defesa da Rússia e da Bielorrússia, Sergei Shoigu e Viktor Khrenin, respectivamente, confirmaram a informação.
O acordo nuclear entre os países tem implicações significativas para a guerra na Ucrânia e além. A presença de armas nucleares na fronteira ocidental da Rússia adiciona uma nova dimensão à crise, aumentando a tensão e a incerteza na região.
A decisão de implantar armas nucleares na Bielorrússia deve ser vista como uma tentativa de intimidar a Ucrânia e outros países vizinhos. A presença de armas nucleares tão perto da fronteira ucraniana poderia ser usada como uma forma de dissuasão, desencorajando países europeus a apoiarem a Ucrânia.
Além disso, o acordo nuclear também pode ter implicações para a segurança dos aliados dos EUA na Europa. A implantação de armas nucleares na região é percebida como uma ameaça direta aos países da OTAN, aumentando a pressão sobre os EUA para reafirmar seu compromisso de proteger seus aliados.
O acordo nuclear entre Rússia e Bielorrússia também pode ter implicações para a não proliferação nuclear. A Ucrânia, que desistiu de seu próprio arsenal nuclear após o colapso da União Soviética em troca de garantias de segurança, pode ver este movimento como uma violação dessas garantias. Isso poderia potencialmente minar os esforços de não proliferação nuclear e levar outros países a reconsiderar suas próprias políticas de armas nucleares.
O movimento entre os dois países aliados tem o potencial de aumentar significativamente a tensão na região e complicar ainda mais a situação na Ucrânia. Os EUA e países aliados como a Inglaterra, França e Alemanha devem responder à nova situação bélica provacada pela escalada de tensões dos últimos dias.
A Bielorrússia como aliada da Rússia
A Bielorrússia tem sido uma grande aliada da Rússia desde o início da guerra na Ucrânia em fevereiro de 2022. Shoigu afirmou que a Bielorrússia recebeu o sistema de mísseis operacional-tático Iskander-M, capaz de ser utilizado em equipamentos nucleares.
Preparação para o uso de Armas Nucleares
“Parte da aeronave bielorrussa foi convertida para o possível uso de armas nucleares. Os militares passaram por treinamento adequado”, disse Shoigu. Khrenin, por sua vez, afirmou que a Bielorrússia está interessada no desenvolvimento de relações aliadas estratégicas com a Federação Russa na esfera militar.
Resposta à OTAN e aos EUA
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que a implantação de armas nucleares é uma resposta ao tipo de armas oferecidas pelos Estados Unidos e países da Organização de Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em apoio à Ucrânia.
Implicações globais e regionais
Este acordo marca uma escalada significativa nas tensões regionais e levanta questões sobre a estabilidade futura da região. A implantação de armas nucleares na Bielorrússia pode ter implicações de longo alcance para a segurança europeia e global.
Presença militar permanente
De acordo com uma análise do site Riddle Russia, a decisão de implantar armas nucleares na Bielorrússia foi tomada em julho de 2022. A adaptação de 10 aeronaves bielorrussas (aparentemente, Su-30SM) para carregar armas nucleares e a construção de uma instalação de armazenamento precisam de tempo, enquanto a decisão de transferir o sistema de mísseis Iskander para Minsk foi tomada já em junho de 2022.
A decisão de implantar armas nucleares também significa que a Rússia está inevitavelmente transformando sua extensa, mas formalmente temporária, presença militar na Bielorrússia em uma presença permanente. Isso implica que a Rússia está trabalhando para destruir as regras internacionais existentes, além de travar uma guerra.