O diretor Danny Boyle revelou nesta semana que grande parte do filme “28 Years Later” foi filmada utilizando iPhones com aprimoramentos tecnológicos. A escolha permitiu maior mobilidade e menor impacto ambiental durante as filmagens.
Razões por trás do uso de iPhones na produção
Em entrevista ao canal do YouTuber Matti Haapoja, Boyle explicou que o uso de smartphones aprimorados ajudou a manter o filme leve e discreto. “Isso nos permitiu ser muito mais leves, principalmente em áreas isoladas onde não queríamos deixar nossa pegada”, afirmou o cineasta.
Segundo Boyle, a utilização de múltiplos iPhones e drones em “arranjos” específicos possibilitou capture de momentos visceralmente impactantes, dando ao público uma experiência mais imersiva, como “empurrar para dentro” da cena antes de recuar.
Técnicas inovadoras e impacto na estética do filme
Embora não tenha sido simplesmente um uso casual de celulares, as câmeras eram equipadas com melhorias profissionais, e Boyle destacou que, em alguns trechos, eram utilizados até 20 iPhones simultaneamente para captar cenas especiais. “Foi uma questão de mover-se rapidamente e sem muito peso, algo que a filmagem convencional não permite”, explicou o diretor à Wired.
Ele também reforçou que a estética lofi, reminiscentemente de “28 Days Later”, foi intencional. “Decidimos manter essa influência, é uma espécie de retorno às nossas raízes visuais”, afirmou na entrevista ao IGN.
Reconhecimento da técnica e nova narrativa
O uso de tecnologia móvel veio acompanhado de uma narrativa que buscou reforçar o realismo do universo criado. Além disso, o clímax dramático do filme, que gerou muita discussão, também foi influenciado pelas escolhas técnicas de Boyle e sua equipe.
O próprio diretor esclareceu recentemente o significado por trás das cenas finais enigmáticas, além de comentar a simbologia presente na trama, que se conecta com temas mais profundos sobre o tempo e a memória.
Expectativas para a sequência e o impacto no cinema
“28 Years Later” está em cartaz atualmente, enquanto a sequência, prevista para lançamento em janeiro, promete aprofundar ainda mais a estética de guerrilha e o estilo de filmagem que Boyle descreveu como uma homenagem às técnicas anteriores e uma evolução natural.
O filme tem sido bem recebido tanto por críticos quanto pelo público, consolidando-se como uma obra que reinventa o conceito de horror em tempos de tecnologia móvel.