Brasil, 29 de junho de 2025
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Arrascaeta será titular no duelo Flamengo x Bayern de Munique?

Na véspera do esperado confronto, treinador Filipe Luis fala sobre as decisões para a escalação e o dilema entre velocidade e posse de bola.

Na véspera do aguardado duelo entre Flamengo e Bayern de Munique, uma pergunta domina os bastidores rubro-negros: Arrascaeta será titular? Mais do que uma dúvida pontual, a possível escalação do uruguaio se insere em um debate maior e disruptivo — o dilema entre velocidade e posse de bola, para se adaptar ao forte adversário sem deixar de ser fiel ao DNA rubro-negro.

A decisão de Filipe Luis

Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, o técnico Filipe Luis não entregou o time, mas deu pistas sobre a complexidade da decisão já tomada por ele. “Já decidi a escalação, já sei. E eles não,” disparou, mantendo o mistério. “A forma com que a equipe vai jogar depende da forma que o adversário vai defender.”

O Bayern de Munique é reconhecido por sua pressão “esmagadora”, como definiu o treinador. Uma marcação individualizada, mas extremamente coordenada. Isso exige do adversário algo mais do que coragem: precisão técnica, inteligência tática e muito pulmão. “Quando a gente vê um time marcando de maneira individual, geralmente há desorganização. O Bayern não. Tem gatilhos claros. Precisamos de velocidade, mas precisamos também ter a bola,” relativizou o comandante rubro-negro, em resposta que daria razão ao uso de Arrascaeta.

O papel de Arrascaeta no Flamengo

Arrascaeta, por sua vez, é sinônimo de qualidade com a bola nos pés, controle e criatividade. Mas sua presença pode representar um jogo mais cadenciado, com mais posse e menos transição veloz. O que não quer dizer que fisicamente ele não esteja apto e perto dos 100%. “É possível ter ele, é possível não ter ele. Temos elenco com jogadores que podem jogar em posições diferentes. O Arrascaeta está apto, vem crescendo, nos dando muito sacrifício,” despistou Filipe, dando a entender que o camisa 10 pode oferecer os dois quando e se entrar.

Escalar o uruguaio pode dar ao Flamengo o domínio com a bola, mas abrir mão de explosão nos contra-ataques. Contra o Chelsea, Bruno Henrique entrou em seu lugar e o time cresceu. Plata também será encarregado dessa pressão sobre a defesa. Excluir Arrascaeta de início, entretanto, significaria apostar em mais velocidade para explorar os raros espaços deixados pelo time europeu, que também pressiona a defesa adversária e requer um jogador com raciocínio rápido para as conexões em saída de bola.

As estratégias defensivas do Flamengo

Com zagueiros como Léo Ortiz, Danilo e Léo Pereira, o Flamengo tem flexibilidade defensiva para mudar comportamentos sem trair seus princípios. E uma saída refinada. “Sempre é uma possibilidade tendo zagueiros desse nível. Muda muito a dinâmica defensiva, mas na ofensiva a gente se converte, depende do que o adversário pede,” explicou Filipe.

O treinador deixou claro que a estratégia começa com a leitura da pressão adversária, e que a escolha entre transições rápidas ou construção paciente deve ser reativa, mas não passiva. “Sempre tento dar solução em função da pressão do adversário. Pode ser um atacante, dois, ou não pressiona. O Bayern é uma das pressões mais fortes. Vamos depender da qualidade individual para tirar um adversário da frente,” registrou, novamente indicando a necessidade de técnica e posse.

Preparação para o duelo decisivo

De fato, o time alemão é quem menos precisa de tempo para recuperar a bola no ataque, segundo estudos da Fifa sobre o torneio. São pouco mais de oito segundos, em média. O Flamengo quer se adaptar a isso sem se descaracterizar. E Arrascaeta? Continua sendo a peça-chave desse quebra-cabeça — não apenas pela sua genialidade, mas porque sua presença (ou ausência) representa o caminho que o time e seu treinador escolherão trilhar no jogo.

Esse dilema entre velocidade e posse de bola está longe de ser uma simples escolha tática. É uma questão de filosofia de jogo que impacta diretamente a identidade do Flamengo. O torcedor, que se sente identificado com uma equipe que joga de forma ofensiva e atrevida, espera que os jogadores sigam o caminho que sempre deu certo, mesmo diante de um adversário tão formidável como o Bayern de Munique.

Portanto, a expectativa de como Filipe Luis irá conduzir essa decisão em relação a Arrascaeta será fundamental para o desempenho do Flamengo em um confronto tão importante. Com tantos fatores em jogo, o que está em discussão não é apenas o time titular, mas também a essência do futebol rubro-negro.

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