Brasil, 29 de junho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Candidato Romênio Pereira defende redivisão de fundo partidário

Romênio Pereira, candidato pelo Movimento PT, pede mais recursos para pequenos municípios e critica alianças com o Centrão.

Em meio a um debate acirrado sobre as diretrizes do Partido dos Trabalhadores (PT), Romênio Pereira, um dos candidatos da corrente Movimento PT, surge como uma voz proativa, defendendo a redivisão do fundo partidário. Pereira pleiteia que mais recursos sejam destinados a pequenos e médios municípios, denunciando a atual disparidade na distribuição dos fundos. Em suas declarações, ele não hesita em criticar a aliança do partido com o Centrão, afirmando que “não podemos ganhar pela esquerda e montar o governo pelo centro e pela direita”.

A necessidade da reeleição de Lula

Na sua visão, o foco do partido deveria estar na reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pereira argumenta que, ao invés de discutir quem irá ocupar cargos na secretaria de Finanças, é crucial pensar em estratégias para garantir que Lula permaneça na presidência. “Sou o candidato que defende olhar para os pequenos municípios e democratizar o acesso ao fundo eleitoral”, afirma. Segundo ele, o estado de São Paulo recebeu 30% dos recursos do fundo no último ano, mas resultou em apenas quatro prefeitos eleitos do PT. Por isso, Pereira sustenta que a distribuição deve considerar não apenas a quantidade de eleitores, mas também a representatividade desses municípios.

A necessidade de mudanças na gestão governamental

Romênio Pereira também se posiciona sobre a necessidade de mudanças no governo. Ao questioná-lo sobre sua frase impactante, “ou o governo muda, ou o povo muda o governo”, ele enfatiza que ainda há espaço para um redesenho na administração. Ele critica a participação de partidos que, mesmo tendo ministérios significativos, optam por votar contra as pautas do governo. A postura dele pode ser entendida como um apelo à necessidade de uma maior conexão entre as pautas esquerdistas que levaram à vitória na eleição e as ações concretas do governo.

Liberdade de diálogo dentro do partido

Pereira é enfático ao afirmar que a bancada do PT precisa votar 100% alinhada ao governo, mas ressaltou que o partido deve ter a liberdade para dialogar e expressar a necessidade de mudanças. “Sem mudar, vai ser difícil alcançar uma nova vitória em 2026”, observa. Ele menciona que, durante a gestão de Roberto Campos Neto, as críticas ao Banco Central eram constantes, mas desapareceram assim que Fernando Haddad indicou Gabriel Galípolo, evidenciando uma possível complacência da bancada do PT.

Expectativas para o futuro do PT

Outra preocupação de Romênio é a capacidade do PT de mobilizar seus eleitores, especialmente em relação às necessidades de comunicação do governo. Ele observa que, embora São Paulo tenha eleito apenas quatro prefeitos do PT, tem quatro ministros na equipe governamental. Em contrapartida, outros estados, como o Rio Grande do Sul, não têm nenhum membro representando o partido na estrutura ministerial.

Assim, a trajetória de Romênio Pereira como candidato está moldada por seu compromisso em defender a justiça social e a representatividade dos pequenos municípios no cenário político nacional. Suas críticas às alianças políticas e à gestão do governo atual refletem um desejo por uma reorientação das prioridades do PT, essencial para manter a relevância e conquistar a confiança dos eleitores nas próximas eleições.

Com seu enfoque nas bases locais e a crítica aberta à necessidade de mudanças dentro da estrutura do governo, Pereira se posiciona como uma alternativa que pode ressoar entre os militantes do PT que desejam ver um partido mais alinhado aos seus valores originais. O futuro do PT pode muito bem depender de suas ações e da disposição de seus líderes em ouvir e se adaptar às necessidades de sua base eleitoral.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes