Brasil, 29 de junho de 2025
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Valter Pomar critica alianças do PT e alerta sobre 2026

O candidato à presidência do PT, Valter Pomar, enfatiza a necessidade de mudança e mobilização popular.

Em uma recente entrevista, Valter Pomar, o candidato mais à esquerda na disputa pela presidência do Partido dos Trabalhadores (PT), expressou suas preocupações sobre a atual política de conciliação do partido com o Centrão. Pomar, que é historiador e professor da Universidade Federal do ABC, alerta que, se essas alianças forem mantidas, o PT pode enfrentar uma derrota significativa nas eleições de 2026.

A crítica à política de conciliação

Pomar acredita que o PT se encontra em uma encruzilhada e que a manutenção da política atual, representada por Edinho, que é visto como um defensor da conciliação com o modelo econômico primário-exportador e com o capital financeiro, resultará em novas derrotas. Ele enfatiza que essa abordagem já causou uma derrota em 2024, durante as eleições municipais, e que mantê-la pode levar a outra derrota em 2026.

Desafios e críticas ao governo

Ao ser questionado sobre as recentes dificuldades enfrentadas pelo governo, como a derrubada do decreto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Pomar considera essa derrota “anunciada”. Segundo ele, a posição de partidos de direita que sustentam o governo mostra um claro desinteresse em apoiar medidas que beneficiem os mais pobres, como reformas estruturais e a revisão de políticas sociais.

A reação do governo

O governo, por sua vez, segue uma política de conciliação em busca do “mal menor”, mas Pomar critica essa abordagem, argumentando que o governo deveria, na verdade, convocar a população a pressionar o Congresso. Em vez de simplesmente negociar, é fundamental envolver a população nas decisões que afetam suas vidas.

Mobilização popular como solução

Para Pomar, a situação atual demanda uma mobilização popular robusta, já que muitos cidadãos não estão satisfeitos com políticas que apenas buscam aumentar o número de deputados sem atender às necessidades da população. Ele menciona o “cretinismo parlamentar”, um termo usado por Karl Marx, para descrever a visão limitada de parlamentares que acreditam que o mundo político se restringe apenas ao que acontece dentro do Parlamento.

Rumo ao futuro do PT

Durante um debate recente, Pomar expressou sua desaprovação em relação à ideia de que as críticas ao governo por parte do PT beneficiam a oposição. Ele observa que essa postura tenta silenciar opiniões divergentes e critica Edinho por ter uma postura que favorece o governo em vez de representar os interesses do partido. Para Pomar, o PT deve ser uma ala à esquerda na frente ampla, apoiando e disputando rumos, mas sempre pronto para criticar quando necessário.

Conclusão

A visão de Valter Pomar para o futuro do PT e do Brasil é clara: sem uma mudança na política de alianças e uma mobilização efetiva da população, as chances de sucesso nas próximas eleições são mínimas. O caminho a seguir deve priorizar as demandas sociais e políticas da população, promovendo uma verdadeira representação de suas necessidades no Congresso.

As palavras de Pomar ressoam com os anseios de muitos na sociedade brasileira que desejam ver mudanças significativas em um contexto político muitas vezes marcado pelo pragmatismo e pela falta de representação adequada. A disputa pela liderança do PT será, sem dúvida, um reflexo das vozes que clamam por justiça social e transformação.

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