Brasil, 29 de junho de 2025
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Materialists: uma reflexão sobre amor, materialismo e vulnerabilidade

Filme de Celine Song revela a luta moderna com o amor verdadeiro em meio ao materialismo e ao controle emocional

Ao retratar a busca de Lucy, uma cerimonialista de encontros, por encontrar o amor verdadeiro, o filme “Materialists”, dirigido por Celine Song, questiona como o materialismo e o controle afetam nossos relacionamentos na era moderna. A obra estreia nos cinemas e divide a opinião do público, despertando reflexões profundas sobre vulnerabilidade e autenticidade em Amor.

Amor e materialismo na era do consumo

O filme aborda a tensão entre as expectativas materiais e o desejo genuíno de conexão emocional. Dakota Johnson protagoniza Lucy, uma especialista em encontros que cria perfis ideais para seus clientes, baseados em requisitos muitas vezes absurdos. Durante a narrativa, ela percebe que, na busca pelo “par ideal”, jamais considerou o amor como uma questão de disponibilidade emocional, pois seu foco sempre esteve nas condições externas e materiais.

O brilho do amor autêntico

Por meio da relação de Lucy com Harry, interpretado por Pedro Pascal, e John, vivido por Chris Evans, o enredo mostra como a superficialidade e o materialismo podem transformar o amor em uma troca de bens e status social. Harry, rico e associado ao luxo, acredita que dinheiro substitui carinho, enquanto Lucy acaba se apoiando no apoio emocional de John, seu ex e amigo de fábula, que sempre responde às suas chamadas. Essa dinâmica revela a essência de como o amor necessita de vulnerabilidade e entrega, aspectos que o mercado de consumo busca eradicate.

A mensagem de Celine Song sobre vulnerabilidade e entrega

Em entrevista ao podcast Modern Love, da The New York Times, a diretora Celine Song destaca que “namorar é difícil, mas amar é fácil”. Segundo ela, o amor surge naturalmente quando nos rendemos às emoções, sem tentar controlá-las. “Na sociedade atual, tudo gira em torno de aumentar nosso valor, como no mercado de ações do namoro. Então, esquecemos de amar de fato”, afirma Song.

Para a cineasta, o filme é uma oportunidade de refletir sobre a importância de diálogos honestos e da vulnerabilidade, conceitos que ela considera essenciais para uma conexão verdadeira. “Amor é uma língua, e a nossa conexão com alguém é uma comunicação silenciosa, baseada na compreensão e na presença”, afirma.

A crise do controle e o risco da superficialidade

O enredo mostra como Lucy, presa às listas de qualidade e aos padrões materiais, acaba afastada de uma relação genuína. É somente após uma confrontação com uma cliente que ela se dá conta de que nunca conheceu o verdadeiro homem por trás das exigências. Essa revelação serve de metáfora para a fragilidade das relações construídas com base apenas em aparências e bens materiais.

Reação da crítica e engajamento do público

Desde sua estreia, “Materialists” tem provocado debates acalorados na internet, com muitos acusando o filme de promover uma “propaganda contra os homens pobres”, por apresentar uma história onde a mulher prioriza o amor com alguém financeiramente instável. Essa leitura, porém, é contestada por seguidores de Song, que defendem a obra como uma crítica aos valores capitalistas que permeiam atualmente a busca por amor.

Ao valorizar o diálogo e a autenticidade, o filme reforça que o amor verdadeiro exige coragem para abrir mão do controle e deixar-se vulnerável. “A verdadeira conexão nasce da humildade e da aceitação de sermos quem somos, sem máscaras”, conclui Celine Song.

Reflexões finais e impacto cultural

“Materialists” é uma obra que mistura emoções de forma crua e realista, mostrando que o amor é uma jornada de altos e baixos, e que o mais importante é sentir-se visto e aceito pelo que realmente somos. Uma narrativa que desafia o espectador a repensar suas próprias concepções de valor, relacionamento e vulnerabilidade.

Para quem busca uma reflexão sincera sobre as complexidades do amor na sociedade contemporânea, o filme apresenta uma mensagem necessária e tocante — uma obra que, mesmo em sua imperfeição, nos faz sentir novamente.

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