Brasil, 30 de junho de 2025
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Mulher grávida de Alabama diz que ela e marido foram “surpreendidos” por detenção do ICE

Mulher grávida de Alabama denuncia surpresa e frustração após ICE detenção do marido iraniano, apoiador de Trump e alvo de ação de imigração

Uma mulher grávida de Alabama, casada com um imigrante iraniano, afirmou estar “completamente surpresa” com a detenção do marido pelo ICE, durante operação que resultou na prisão de 11 iranianos na sede do Departamento de Segurança Interna (DHS). A ação ocorreu no último domingo e faz parte de uma ofensiva contra nacionais iranianos nos Estados Unidos.

Detenção de Ribvar Karimi e acusações do DHS

Segundo o DHS, Ribvar Karimi, que entrou legalmente nos EUA em outubro de 2024 com visto de noivo, não atualizou seu status, o que pode resultar em deportação. A agência afirma que Kariní foi considerado uma ameaça à segurança nacional, alegando que ele serviu como atirador de elite no exército iraniano de 2018 a 2021 e possui um documento de identificação da Força Armadas da República Islâmica.

“Estamos anunciando que estamos removendo o que chamamos de ‘pior do pior’ — eles não esperam até uma operação militar, mas agem de forma proativa para cumprir a missão de proteger o país”, declarou Tricia McLaughlin, secretária-assistente do DHS. No entanto, a esposa de Karimi, Morgan Gardner, afirmou a Newsweek que seu marido “nunca lutou contra forças americanas ou aliados” e que “ele mesmo combateu o ISIS, foi capturado uma vez e nunca representou ameaça”.

História de amor e apoio familiar

O casal se conheceu online, jogando Call of Duty: Mobile, e Gardner revela que “ele trouxe felicidade e amor à minha vida”. Em uma página de casamento, ela descreveu o marido como alguém que a incentivou e apoiou durante momentos difíceis, além de ajudar sua família e cuidar do pai durante uma crise de saúde.

Cyndi Edwards, prima de Gardner, criou uma campanha no GoFundMe para ajudar a custear os honorários legais da família. “Ribvar se tornou um membro querido da comunidade rural de Alabama, apoiando Morgan, sua família e cuidando de ela e de seu pai”, escreveu Edwards.

Questões legais e preocupações de segurança

Embora Kariní tenha entrado nos EUA legalmente em 2024, por meio de visto de casamento K-1, ele não ajustou seu status, o que poderia levar à deportação. Gardner relatou que sua advogada afirmou que administrações anteriores teriam protegido seu marido, considerando sua união com uma cidadã americana. Ela também revelou ter suspendido o pedido de green card após descobrir que estava grávida de risco.

Ela acredita que a detenção foi motivada por seu país de origem. “Sinto que ele foi especificamente alvo por causa do que representa onde vem”, disse Gardner. Ela conta ainda que, apesar de estar na sétima mês de gravidez, permanece esperança de que o marido esteja presente no nascimento, que acontecerá na próxima semana.

Medo de represálias e impacto emocional

Gardner relembrou que o governo iraniano pode penalizar seu esposo caso ele seja deportado, devido ao seu apoio aberto aos Estados Unidos. Ela destacou que seu relacionamento com Karimi foi uma fonte de esperança e felicidade, e que ele lutou contra o terrorismo no Oriente Médio.

Ambos, que se locupletaram no universo do entretenimento e do relacionamento, foram impactados emocionalmente pela situação. “Meu coração está partido”, afirmou Gardner, explicando que o medo da deportação e a separação iminente trazem um sentimento de traição, especialmente por ela e sua família terem apoiado anteriormente o presidente Donald Trump, apesar de nem todos votarem.

Perspectivas futuras

A família aguarda as próximas mudanças na política de imigração e o desfecho do processo legal, enquanto Gardner busca manter a esperança de que seu marido possa estar ao seu lado no momento do nascimento do filho.

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