Brasil, 28 de junho de 2025
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Dia do orgulho LGBT: personalidades compartilham suas histórias

Celebrando o Dia Internacional do Orgulho LGBT, artistas e influenciadores falam sobre suas experiências e desafios na aceitação.

Neste sábado, 28 de junho, comemora-se o Dia Internacional do Orgulho LGBT. Para marcar a data, o g1 conversou com personalidades da comunidade para entender como foram suas primeiras vivências de amor e aceitação. Entre os entrevistados, estão a cantora Ju Moraes, a influenciadora Gisele Palma e Michael Batista, que interpreta a drag queen Desirée Beck. Essas histórias revelam um conjunto de desafios comuns enfrentados por muitas pessoas LGBTQIA+ em suas trajetórias de autoaceitação.

Primeiros afetos: um tabu social

Andar de mãos dadas, dar o primeiro beijo ou apresentar alguém para a família são experiências comuns, mas que podem ocorrer tardiamente para pessoas LGBTQIA+. Este atraso muitas vezes é resultado do medo do preconceito e da violência, que ainda permeiam a sociedade. Ju Moraes, que é bissexual, relata que só se sentiu confortável para demonstrar afeto em público após se casar com sua ex-companheira. “Por mais que eu me perceba uma mulher LGBT desde os meus 21 anos, só há 8 que me sinto à vontade para estar de mãos dadas ou abraçar em ambientes públicos”, afirma a cantora, ex-participante do The Voice Brasil.

Desafios da aceitação familiar

A aceitação familiar é outro aspecto importante abordado pelas personalidades entrevistadas. Ju lembra que, ao se relacionar com uma mulher, seu pai fez um ultimato: “ou você sai disso, ou esqueça que você tem pai”. Essa pressão familiar é um fator que pode atrasar o processo de aceitação e a independência financeira, como explica a psicóloga Raíssa Lé. A artista ficou afastada da família por cinco anos até que eles respeitassem suas escolhas.

Em contraste, Gisele Palma compartilha que apresentou sua namorada aos 30 anos, quando já era financeiramente independente. “Não senti a necessidade de fazer um comunicado oficial”, diz Gisele, ressaltando as diferentes experiências que cada pessoa pode ter dentro do mesmo contexto familiar.

A importância da representatividade

A representatividade na mídia e na sociedade é uma das frentes que têm avançado nos últimos anos, mas que ainda requer muita atenção. Raíssa Lé destaca que, anteriormente, as representações de pessoas LGBTQIA+ eram comumente associadas a dramas e tragédias. “A disponibilização de modelos positivos tem um impacto direto na saúde mental da comunidade”, explica a psicóloga.

Michael Batista, intérprete da drag DesiRée Beck, encontrou sua vocação artística através de um reality show norte-americano. “A arte drag me encantou e, posteriormente, se tornou minha profissão. A representatividade é crucial, pois mostra que é possível ser feliz e bem-sucedido sendo quem se é”, conta ele.

A rede de apoio

As redes de apoio, na forma de amigos e histórias compartilhadas, são vitais no processo de aceitação da identidade. Gisele Palma destaca que suas amizades a ajudaram imensamente durante sua descoberta e aceitação. “Minha mente estava borbulhando muito, e as amigas foram fundamentais. A namorada também foi um grande apoio, como se tivesse me dado asas para voar e me entender”, diz Gisele.

Uma luta contínua

Embora progressos tenham sido feitos, ainda há um longo caminho pela frente. Ju Moraes afirma que “não é fácil ser LGBT no Brasil”. O preconceito e os desafios que a comunidade enfrenta são uma realidade que precisa ser constantemente abordada e combatida. As histórias compartilhadas por essas personalidades não apenas ilustram seus processos pessoais, mas também refletem a luta coletiva por aceitação e igualdade.

O Dia Internacional do Orgulho LGBT é, portanto, um momento de celebração, autoconhecimento e luta por direitos. À medida que mais vozes se levantam e mais histórias são contadas, a esperança é que um dia a aceitação plena seja algo comum para todos.

Com as experiências de figuras públicas inspirando novos diálogos, o futuro parece mais promissor para a comunidade LGBTQIA+, apesar dos desafios que ainda permanecem.

Leia mais histórias e detalhes sobre as vivências da comunidade LGBTQIA+ neste link.

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