Na manhã deste sábado, 28 de junho, o Papa Leão XIV recebeu em audiência os participantes do Capítulo Geral da Congregação Vallombrosana da Ordem de São Bento. Durante o encontro, o Pontífice ressaltou que a vida monástica é um sinal da primazia de Deus e um fermento de renovação para a Igreja e para o mundo, especialmente diante dos desafios do nosso tempo.
A importância da vocação monástica
Logo no início de seu discurso, o Papa saudou o Abade Geral recém-reeleito e todos os religiosos presentes, sublinhando que a vocação monástica é um dom precioso para toda a Igreja. Ele afirmou que “recorda a primazia de Deus como fonte de alegria e princípio de transformação pessoal e social”. Essa declaração reforça o papel central que a espiritualidade monástica deve exercer, não apenas entre os religiosos, mas em toda a sociedade.
Desafios do novo milênio
O Santo Padre destacou que, assim como no tempo de São João Gualberto, fundador da Congregação, também hoje a humanidade se encontra na aurora de um novo milênio, marcado por incertezas e transformações profundas. Ele afirmou: “Não se trata de abandonar os desafios do nosso tempo, mas de habitá-los com a profundidade de quem sabe fazer silêncio e escutar a Palavra de Deus, para gerá-la na cultura que está em transformação.”
Reflexão sobre a fragilidade da Congregação
Ao recordar a fragilidade dos inícios da Congregação, Leão XIV enfatizou que essa memória deve ser fonte de inspiração e consolo frente às dificuldades atuais: “Somos frequentemente menos fortes do que no passado, menos jovens e numerosos, às vezes feridos por limitações e erros humanos, mas o Evangelho, acolhido sem disfarces, jamais deixará de espalhar o perfume de sua beleza”. Nesse sentido, o Papa convocou todos a não se deterem na exigência de reformar e renovar a vida cristã, que ainda pode ampliar os horizontes e o fôlego da existência humana.
A atualidade do carisma vallombrosano
O Papa evocou as palavras de São Paulo VI, que em 1973 já sublinhava a atualidade do carisma vallombrosano, destacando-o como expressão de uma “nova conversão”, que é fonte de santificação pessoal e um fermento de vida nova para o mundo atual.
O legado de Papa Francisco
Além disso, Leão XIV fez memória de seu “amado predecessor, Papa Francisco, que exortou incansavelmente todos a levar adiante a renovação da Igreja promovida pelo Concílio Vaticano II”. O Papa ainda destacou que seu predecessor nos pede para vencermos a autorreferencialidade, sermos mais pobres e estarmos à escuta dos pobres, intensificando os laços de comunhão dentro da Igreja.
Encerramento da audiência
Ao concluir, o Papa pediu aos religiosos que vivam a espiritualidade beneditina na fidelidade à Regra, em diálogo com o mundo contemporâneo, mantendo o equilíbrio entre oração, trabalho e alegria. “Sejam testemunhas atentas e hospitaleiras dessa espiritualidade. Encorajo vocês a olharem para frente com esperança”, finalizou Leão XIV.
O encontro entre o Papa e os religiosos da Congregação Vallombrosana reforça a importância do monaquismo como um caminho de fé e renovação, não apenas para a Igreja, mas para toda a sociedade, em tempos de mudanças e desafios. Assim, a mensagem do Papa ecoa a necessidade de uma vida institucional solidificada na espiritualidade, na escuta e no serviço ao próximo.
Este evento destaca o papel crucial que a vida monástica ainda desempenha no contexto atual, mostrando que, mesmo diante das dificuldades, a fé e a espiritualidade podem ser fontes de transformação e esperança para o mundo.
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