Brasil, 28 de junho de 2025
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Advogados pedem revogação da prisão de Walter Braga Netto

A defesa do ex-ministro alega que não há mais motivos para mantê-lo preso após coleta de provas.

No cenário tumultuado da política brasileira, a situação do ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto voltou a ser palco de debates importante. Com a fase de coleta de provas encerrada na ação em que é acusado de obstrução de Justiça, sua defesa apresenta argumentos para que a prisão preventiva seja revogada. A medida, que se arrasta por mais de seis meses, está sendo contestada por advogados que alegam a irrelevância da manutenção da prisão diante do estágio atual do processo.

A prisão e os motivos alegados para a revogação

Walter Braga Netto, que foi ministro da Defesa e da Casa Civil durante o governo de Jair Bolsonaro, está detido na 1ª Divisão do Exército, localizada na Vila Militar, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A prisão foi decretada em 14 de dezembro do ano passado pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), sob a justificativa de que o general teria tentado interferir nas investigações ao buscar acesso à delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

A defesa de Braga Netto protocolou, na última terça-feira (24), um pedido ao relator do caso, solicitando a revogação da prisão preventiva. O argumento central é que, após a coleta de provas e todos os trâmites legais realizados, não há mais risco de interferência por parte do general nas investigações. “A atual situação não é mais a mesma em relação à época em que foi decretada sua prisão,” afirmam os advogados, destacando o fim da fase de instrução do processo e a ausência de novas diligências que justifiquem a manutenção da prisão cautelar.

Contexto jurídico e reações

Além disso, os advogados argumentam que não existem mais investigações ou atos instrutórios que precisem ser protegidos, eliminando, assim, os riscos que fundamentaram a decretação inicial da prisão. “A instrução já se encerrou. Não há mais como o general interferir em qualquer etapa processual,” reiteraram, apontando que a manutenção da prisão estaria sendo fundamentada em questões políticas, e não em evidências concretas.

O general, ao longo do processo, manteve a negação das acusações, até mesmo em acareações ao lado de Mauro Cid, negando ter entregue dinheiro para financiar qualquer ação golpista. Durante esses interrogatórios, Braga Netto ainda conseguiu momentos de descontração, como quando, ao ser perguntado sobre sua situação atual, respondeu a Moraes com um tom humorístico que era um prisioneiro.

Impactos da situação e próximos passos

Com a fase de instrução encerrada, o prazo foi dado para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresente suas alegações finais, defendendo a condenação dos réus, que inclui não só Braga Netto, mas também outros acusados. Posteriormente, os outros réus, inclusive Mauro Cid, terão a mesma oportunidade para se manifestar.

As próximas semanas serão cruciais para determinar o andamento da ação e a resposta do Judiciário ao pedido da defesa. Se a revogação for acatada, isso poderá reconfigurar o cenário político atual, que já é marcado por tensões e disputas acirradas entre diferentes esferas de poder.

Considerações finais

O caso de Walter Braga Netto não se trata apenas de um processo judicial, mas também das repercussões políticas que envolvem ex-integrantes do governo Bolsonaro e as suas contínuas tentativas de obstrução no sistema de Justiça. Enquanto a defesa luta pela revogação da prisão, os desdobramentos desse caso podem afetar ainda mais a já conturbada política nacional. À medida que o país observa esses desdobramentos, as próximas decisões do STF serão aguardadas com expectativa.

Por fim, a defesa de Braga Netto se mantém firme em suas argumentações, buscando não somente a liberdade de seu cliente, mas também a preservação do que consideram serem direitos fundamentais diante das circunstâncias atuais.

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