Brasil, 28 de junho de 2025
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Advogado cunhado de Mário Frias é processado por dívida superior a R$ 80 mil

Christiano Camatti, cunhado do deputado, enfrenta ação judicial por não quitar empréstimos com a cooperativa Sicredi.

No cenário político e econômico do Brasil, histórias de dívidas e ações judiciais são cada vez mais comuns. Recentemente, o advogado Christiano Camatti, cunhado do deputado federal Mário Frias (PL-SP), tornou-se alvo de uma ação judicial movida por um banco devido ao não pagamento de dois empréstimos, cujo valor já ultrapassa os R$ 80 mil. Camatti também atuou como ex-coordenador de Infraestrutura da Embratur, um órgão vinculado ao Ministério do Turismo.

A dívida e o processo judicial

De acordo com documentos obtidos pelo Metrópoles, Camatti contraí dois contratos de crédito com a cooperativa Sicredi em 2013, totalizando inicialmente R$ 28 mil. No entanto, com a aplicação de juros e encargos, o montante quase triplicou ao longo dos anos. A situação se agravou ao ponto em que a cooperativa decidiu, em 2019, acionar a Justiça após diversas tentativas de negociação sem sucesso.

Motivações da ação

  • O banco alega que o cliente usufruiu do dinheiro e não pagou, gerando prejuízo à cooperativa.
  • Camatti é sócio da esposa de Mário Frias em uma empresa na área de máquinas industriais.
  • Além disso, a dívida acumulada gerou uma situação alarmante, com o valor quase triplicando desde o início do não pagamento.

A modalidade dos empréstimos foi pré-aprovada, permitindo à instituição financeira conceder um limite máximo ao cliente. Contudo, na época, Camatti não forneceu informações sobre o propósito da solicitação do crédito.

Com ações monitoras, que visam cobrar dívidas com base em documentos, o banco ainda tenta localizar o ex-cliente, mas não obteve sucesso com os oficiais de Justiça.

Atuação profissional de Camatti

Atualmente, Christiano Camatti é sócio em uma fábrica de máquinas industriais em Santa Catarina ao lado de sua irmã. Além disso, ele ocupa um cargo comissionado como gerente adjunto de compras na Prefeitura de Forquilhinha (SC). Durante o período da pandemia, ele também foi beneficiado pelo auxílio emergencial oferecido pelo governo federal, que esteve disponível entre abril e dezembro de 2020.

Trajetória política e profissional

Camatti teve sua entrada no governo Bolsonaro ao ser nomeado para um cargo de confiança na Embratur, recebendo um salário de R$ 18,4 mil. Na época, ele exercia suas funções no governo enquanto administrava a empresa juntamente com a esposa do deputado Mário Frias. A fábrica localizada em Santa Catarina, estado onde os irmãos nasceram, fornece máquinas voltadas para a indústria.

Em uma visita realizada pelo Metrópoles em fevereiro de 2022, a equipe de reportagem tentou encontrar Camatti na Embratur, mas ele alegou não estar mais no órgão. No entanto, investigações subsequentes confirmaram sua presença na instituição pública.

A equipe do Metrópoles procurou a defesa do advogado Christiano Camatti para uma posição oficial sobre o caso, mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta.

O impacto da dívida na imagem pública

Casos como o de Christiano Camatti, além de impactarem diretamente a vida do indivíduo envolvido, refletem sobre a imagem de pessoas ligadas ao poder político, especialmente em tempos onde a transparência e a ética são fundamentais para a confiança da população nas instituições. As consequências de dívidas e ações judiciais podem não apenas afetar a vida privada, mas também a carreira e reputação na esfera pública. Assim, fica a lição sobre a importância da gestão financeira responsável, especialmente para aqueles que ocupam cargos de visibilidade.

Com a instabilidade econômica e a crescente pressão por responsabilidade financeira, casos como este podem servir como um alerta tanto para políticos quanto para cidadãos, reforçando a necessidade de uma administração correta dos recursos. O que ocorre na vida de figuras públicas pode impactar igualmente a percepção do cidadão comum.

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