A semana revelou que o governo brasileiro enfrentará dificuldades crescentes na relação com o Congresso para aprovar medidas fiscais nos próximos meses. Com a rejeição à proposta de cobrança do IOF e o adiamento do relatório do Imposto de Renda, parlamentares demonstraram resistência às reformas necessárias para o ajuste fiscal, indicando que 2026 já começou com obstáculos.
Resistência do Congresso às reformas fiscais
Segundo André Galhardo, economista-chefe da Análise Econômica Consultoria, a proximidade das eleições gera maior resistência do Congresso a propostas relacionadas ao aumento de tributos e à implementação de cortes estruturais permanentes. “O ambiente político está mais conservador e de certa forma sabotador das medidas de ajuste fiscal”, afirma Galhardo. Fonte: Globo
Desafios políticos e dificuldades de avanço
Recentemente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que “o Brasil não tem R$ 800 bilhões para oferecer de incentivo fiscal para empresários”. A resistência do Congresso impede ajustes essenciais, como o corte de gastos e o aumento da arrecadação, dificultando a implementação de políticas fiscais eficientes. Fonte: Globo
Perspectivas para o futuro fiscal
De acordo com Galhardo, o bloqueio de despesas pode sustentar o arcabouço fiscal no curto prazo, mas não resolve os problemas estruturais. Apesar de um resultado primário positivo em 12 meses, o cenário aponta para uma deterioração futura devido à redução do espaço para gastos discricionários e ao aumento da resistência política.
Implicações políticas e eleitorais
O economista aponta que a preocupação do Congresso é mais política do que fiscal. “Tem mais a ver com a imagem que querem passar à população e com o ganho político nas eleições de 2026 do que com a saúde financeira do país”, avalia Galhardo. A aprovação do aumento do número de deputados, por exemplo, ilustra essa estratégia voltada ao ganho político.
Impacto na percepção popular
Galhardo reforça que qualquer proposta de aumento de impostos é vista pela sociedade como uma carga adicional, especialmente entre os eleitores de baixa renda. “Mesmo as medidas que buscam corrigir distorções do sistema tributário não são compreendidas dessa forma pela população, dificultando sua implementação”, explica.
Pontuações finais e desafios pelo caminho
Embora o ambiente atual seja marcado por dificuldades, Galhardo afirma que o Brasil apresenta uma das suas menores crises primárias recentes. Porém, reforça que a situação ainda requer atenção, sobretudo em relação à gestão das despesas e às reformas estruturais necessárias para garantir equilíbrio a longo prazo.
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