Na manhã de quarta-feira (26), a congressista republicana Marjorie Taylor Greene compartilhou uma foto gerada por inteligência artificial que retrata a Estátua da Liberdade com uma mulher usando burca, símbolo de islamofobia e xenofobia, após a vitória de Zohran Mamdani na primary para prefeito de Nova York. Mamdani, de 33 anos, é um muçulmano de origem indiana e nascido no Uganda, que derrotou Andrew Cuomo na eleição primária, surpreendendo o establishment político local.
Reações à postagem de Greene e o contexto político
A imagem de Greene, divulgada dias após a vitória de Mamdani, gerou imediatas reações de repúdio nas redes sociais. Muitos condenaram a atitude racista, lembrando que ela reforça estereótipos xenofóbicos e discriminatórios contra muçulmanos. Um usuário afirmou: “Você não é uma pessoa séria. Islamofobia é vergonhosa e antiamericana”.
Outros destacaram que a imagem faz alusão a práticas extremistas, como o uso da burca compulsória pelo Talibã no Afeganistão, embora ela não seja uma exigência islâmica. A postagem também foi criticada por ampliar o ódio contra a diversidade religiosa e cultural na política americana.
Resposta de figuras públicas e a campanha de Mamdani
Mamdani, que atualmente representa um distrito em Queens na Assembleia Estadual de Nova York, é filiado ao Partido Democrata e se identifica como socialista democrático. Sua vitória marca uma mudança significativa no cenário eleitoral da cidade, atingindo uma vitória técnica sobre Cuomo, que deverá disputar a eleição geral sob uma terceira plataforma após sua derrota na primary.
Não foi a primeira vez que Greene se envolveu em polêmicas envolvendo discurso de ódio. No passado, ela criticou decisões do governo federal relacionadas ao Irã e fez comentários considerados racistas e discriminatórios. A publicação acerca de Mamdani reacendeu debates sobre o baseline do discurso racista na política norte-americana.
Impactos e o que vem pela frente
Especialistas apontam que ações como essas aprofundam a polarização e o racismo estrutural nos Estados Unidos, especialmente em uma época de ascensão de candidatos que reforçam o discurso de ódio. A postura de Greene mostra a persistência dessas práticas, mesmo em tempos de avanços na diversidade e inclusão.
O enfoque agora está na eleição de novembro, quando Mamdani disputará a prefeitura contra seus adversários, num clima de intensa polarização política. A comunidade local e organizações de direitos civis continuam vigilantes às manifestações de intolerância e às possíveis ações de combate às mesmas.
Para acompanhar o desenvolvimento dessa história, é importante ficar atento às declarações de entidades de direitos humanos e às ações dos candidatos na campanha eleitoral em Nova York.