Brasil, 28 de junho de 2025
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Audiências do núcleo 2 da trama golpista iniciam em julho

A Justiça ouvirá testemunhas do núcleo 2 ligado à trama golpista entre 14 e 21 de julho. Réus são acusados de abuso de poder nas eleições.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para os dias 14 a 21 de julho as audiências que ouvirão as testemunhas do núcleo 2 da suposta trama golpista. Este grupo inclui figuras proeminentes, como o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, e o ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Filipe Martins, entre outros réus.

Composição e acusações do núcleo 2

O núcleo 2 é composto por seis acusados que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), teriam coordenado ações com o objetivo de facilitar um golpe de Estado. Os réus são:

  • Silvinei Vasques – ex-diretor-geral da PRF durante a gestão de Bolsonaro;
  • Fernando de Sousa Oliveira – ex-secretário-adjunto da Secretaria de Segurança Pública do DF;
  • Filipe Garcia Martins Pereira – ex-assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência;
  • Marcelo Costa Câmara – coronel do Exército e ex-assessor de Bolsonaro;
  • Marília Ferreira de Alencar – delegada da Polícia Federal e ex-subsecretária de Segurança Pública do DF;
  • Mário Fernandes – general da reserva do Exército.

As audiências vão começar com os depoimentos das testemunhas de acusação, seguido das testemunhas de defesa, conforme o cronograma estabelecido por Moraes. Os depoimentos serão realizados por videoconferência e conduzidos por juízes auxiliares, como é o procedimento padrão para ações penais no STF. As defesas dos réus e os representantes da PGR terão a oportunidade de acompanhar os depoimentos e formular perguntas.

Convocação de parlamentares como testemunhas

Além dos réus, alguns parlamentares foram convocados para depor, incluindo:

  • Deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL);
  • Deputado federal Eduardo Pazuello (PL);
  • Senador Eduardo Girão (NOVO);
  • Senador Rodrigo Pacheco (PSD);
  • Vereador Carlos Bolsonaro (PL).

Os integrantes do núcleo 2 são acusados de utilizar a estrutura pública, incluindo a PRF, para minimizar o acesso de eleitores aos locais de votação no segundo turno das eleições de 2022. Essa estratégia teria afetado especialmente o Nordeste, considerado um dos principais redutos eleitorais de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se opôs a Jair Bolsonaro na disputa presidencial.

Expectativas em torno das audiências

As audiências em julho são um marco importante na investigação da trama golpista e prometem trazer à tona novos detalhes sobre o papel de cada acusado. A participação de figuras políticas relevantes, como os filhos de Bolsonaro, levanta questões sobre a influência que esses indivíduos podem ter exercido em decisões durante o processo eleitoral.

Além disso, a condução do ministro Alexandre de Moraes neste caso já tem sido amplamente discutida e sua postura nas audiências poderá impactar a percepção pública sobre a imparcialidade do STF e seu comprometimento com a Justiça. As audiências também vão destacar o uso da tecnologia, como a videoconferência, para assegurar que o processo seja transparente e acessível a todos.

Consequências políticas e sociais

A trama golpista e suas implicações têm gerado um clima de tensão no cenário político brasileiro. A sociedade civil e diversos grupos organizados têm demonstrado preocupação com as possíveis consequências de atos que tentam minar os princípios democráticos. A maneira como o STF e seus ministros lidam com casos dessa natureza pode moldar a confiança do eleitorado nas instituições democráticas.

Além disso, a relação entre o governo atual e os ex-membros da gestão Bolsonaro será observada de perto. A sociedade aguarda respostas claras sobre como esses atos de suposta corrupção e abuso de poder foram possíveis, e quais medidas serão tomadas para evitar que tais situações se repitam no futuro.

Esse caso é um lembrete do compromisso contínuo da Justiça em preservar os direitos democráticos e a integridade do processo eleitoral no Brasil, tornando as próximas audiências um evento crucial a ser acompanhado por todos os interessados na política e no futuro do país.

Fonte: Metrópoles

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