Brasil, 28 de junho de 2025
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Alto Tietê registra mais de 110 mil migrantes e aumento de fecundidade

Dados do Censo 2022 revelam aumento na fecundidade e movimento migratório na região do Alto Tietê.

O Alto Tietê, região metropolitana de São Paulo, se destaca com dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontando a presença de 110.577 migrantes. Apesar de ter liderado o ranking, a região viu uma redução de 18% no número de migrantes em relação ao censo de 2010. Ao mesmo tempo, a taxa de fecundidade aumentou em 19,85% nos últimos anos, o que gerou um crescimento considerável no número de mães na região.

Movimento migratório no Alto Tietê

Com um total de 27.144 migrantes, Mogi das Cruzes é o município que mais registrou pessoas vindas de fora em 2022. Itaquáquecetuba segue na sequência com 25.813 migrantes, enquanto Salesópolis se destacou com o menor número, contabilizando apenas 1.300 pessoas. Este movimento é resultado de um fenômeno complexo, onde as pessoas estão buscando novas oportunidades e melhores condições de vida.

Os dados indicam que, de maneira geral, o perfil dos migrantes no Alto Tietê inclui 54.393 homens e 56.183 mulheres. Importante destacar que, em comparação com o censo anterior de 2010, houve uma diminuição tanto no número de homens quanto de mulheres que migraram para a região. Esse cenário pode refletir mudanças sociais e econômicas que têm impactado o comportamento migratório nos últimos anos.

Crescimento da fecundidade na região

Outra revelação significativa do censo foi o crescimento de 19,85% na taxa de fecundidade no Alto Tietê. Em números absolutos, 465.892 mulheres com 12 anos ou mais tiveram um ou mais filhos, em contraste com 338.717 mulheres em 2010. Guararema registrou o maior aumento percentual, com 35,74%. Por outro lado, Salesópolis, com uma elevação de apenas 0,69%, teve o menor aumento entre as cidades da região.

Esse crescimento na taxa de fecundidade pode ser atribuído a diversos fatores sociais e culturais, incluindo mudanças nas perspectivas sobre a maternidade e o papel da mulher na sociedade. A maior quantidade de mães na região representa também uma mudança demográfica que pode influenciar o futuro econômico e social do Alto Tietê.

Impacto na população do Estado de São Paulo

Os dados do IBGE não se limitam apenas ao Alto Tietê, mas refletem um panorama mais amplo sobre a perda de habitantes no Estado de São Paulo. No período de 2017 a 2022, o Estado registrou um saldo migratório interno negativo, com 89,5 mil habitantes a menos, pela primeira vez na série histórica. Essa mudança também é observada em outros estados como o Rio de Janeiro, que perdeu 165,3 mil habitantes.

Esse cenário representa um desafio para a política pública em São Paulo, onde, até então, foi sempre um dos destinos preferidos para migrantes de outras regiões do país. O fluxo migratório negativo pode afetar diversas áreas, como saúde, educação e infraestrutura. Por outro lado, estados como Santa Catarina têm atraído um número significativo de novos moradores, mostrando um ganho populacional por migração de 354,3 mil pessoas.

Perspectivas para o futuro

À medida que os dados do Censo 2022 são analisados, fica evidente que o Alto Tietê e, em especial, Mogi das Cruzes, enfrentam um momento de transição. O aumento na taxa de fecundidade, combinado com a diminuição no número de migrantes, pode sugerir uma mudança nas dinâmicas sociais que está ocorrendo na região. A manutenção da qualidade de vida e das oportunidades de emprego será crucial para que a região possa atrair novos moradores e garantir que os atuais se sintam satisfeitos em permanecer.

A promoção de políticas públicas que atendam às necessidades da população, especialmente no que tange à saúde e à educação, se torna uma prioridade para a administração pública. Observando as tendências e os movimentos populacionais, será possível moldar um futuro mais estável e promissor para a região do Alto Tietê.

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