O príncipe norueguês Marius Borg Høiby, de 28 anos, foi acusado formalmente de três casos de estupro, entre várias outras alegações de violência e abusos sexuais envolvendo um número significativo de supostas vítimas. A situação se tornou um escândalo real e está sendo amplamente investigada pela polícia norueguesa.
O contexto das acusações
Filho da princesa herdeira Mette-Marit e enteado do príncipe Haakon, Høiby está no centro de uma investigação policial que já dura meses. Desde sua primeira prisão em agosto do ano passado, o príncipe acumulou uma lista de acusações, que agora chega a nove, incluindo estupro, agressão sexual e danos corporais.
Entre as alegações mais chocantes estão uma acusação de estupro com relação sexual e duas sem relação sexual, além de quatro casos de agressão sexual e dois de danos corporais. Os detalhes desse caso levantam questões sérias sobre comportamento e responsabilidade entre membros da realeza norueguesa.
A resposta das autoridades e as evidências coletadas
As autoridades de Oslo confirmaram as acusações recentes. A polícia revelou que consegue acumular evidências consistentes através de mensagens de texto, depoimentos de testemunhas e resultados de investigações feitas em residências. As declarações do príncipe Høiby indicam que ele tem cooperado com as investigações, embora ele nega muitas das alegações apresentadas.
O advogado de Høiby, Petar Sekulic, declarou que seu cliente “leva as acusações muito a sério, mas não reconhece nenhuma irregularidade em muitos dos casos, especialmente em relação a abusos sexuais e violência”. Høiby permanece em liberdade enquanto aguarda um possível julgamento.
Impacto pessoal e repercussões na família real
O príncipe Marius Borg Høiby não desempenha um papel público oficial dentro da família real e foi criado ao lado de sua irmã, a princesa Ingrid Alexandra, de 21 anos, e do príncipe Sverre Magnus, de 19 anos. Atualmente, ele vive separadamente em uma casa perto da propriedade da família.
O escândalo teve um impacto significativo na reputação da família real norueguesa. Desde sua prisão inicial, o príncipe passou por diversos reabilitações, em Londres e Copenhague, após admitir ter lutado com problemas de abuso de substâncias e transtornos mentais.
“Eu cometi danos corporais e destruí objetos em um apartamento sob a influência de álcool e cocaína após uma discussão”, declarou Høiby em um comunicado. Ele ainda pediu desculpas à sua ex-namorada, que disse não ter um relacionamento com ele, apesar das alegações de que ela foi hospitalizada após um incidente violento envolvendo o príncipe.
A continuação da investigação e as recentes acusações
As acusações contra Høiby continuaram a se acumular ao longo do ano, incluindo um suposto estupro adicional que teria ocorrido após sua libertação da prisão, além de outras alegações de agressão sexual que viraram pública. Ele também se tornou alvo de uma ordem de restrição devido ao temor de que pudesse interferir nas investigações.
Recentemente, surgiram evidências adicionais, incluindo vídeos e depoimentos de pessoas próximas a Høiby, complicando ainda mais a situação. Enquanto a polícia continua a coletar evidências e a investigação avança, a pressão sobre a família real e a imagem da monarquia norueguesa aumenta.
Essa situação levanta questões importantes sobre o comportamento e a responsabilidade dos membros da realeza, além de refletir sobre a necessidade de um sistema mais eficaz de prevenção e combate a agressões e abusos sexuais em todas as esferas da sociedade, inclusive entre figuras públicas.
Se você ou alguém que você conhece é afetado por questões envolvendo violência doméstica, entre em contato com uma linha de apoio ou procure ajuda profissional.
