A taxa de desemprego caiu para 6,2% no trimestre encerrado em maio, atingindo o menor índice para o mês na série histórica, conforme divulgado pelo IBGE. Apesar da ligeira desaceleração esperada, os dados reforçam a força do mercado de trabalho formal no país, aponta o economista Daniel Duque, da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Alta sustentada de empregos formais evidencia cenário positivo
De acordo com o pesquisador, a criação de 1,4 milhão de empregos com carteira assinada ao longo do último ano demonstra uma tendência de crescimento consistente nesse segmento, mesmo diante de expectativas de menor dinamismo econômico. “A alta de 3,7% no número de empregos formais revela que o trabalho formal vem crescendo de forma sustentada, enquanto os dados de trabalho informal oscilam”, explica Duque.
Impacto de fatores sociais e políticos no mercado de trabalho
O especialista destaca que, embora as melhorias na economia estejam evidentes, houve recuo de aproximadamente um ponto percentual na participação da força de trabalho em relação a 2019. Ele atribui essa queda ao impacto de programas sociais, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que podem ter retirado algumas pessoas do mercado de trabalho.
Sinalização do Banco Central aponta juros elevados
Para Duque, o mercado de trabalho aquecido reforça o diagnóstico do Banco Central de que a inflação ainda exige juros em patamar elevado por um período prolongado. “O BC está com o entendimento correto ao manter a política monetária restritiva, considerando o crescimento do emprego e a pressão inflacionária”, afirma.
Perspectivas de continuidade da política monetária e crescimento econômico
Apesar dos desafios, a economia brasileira demonstra sinais de resiliência, com o mercado de trabalho sustentando uma trajetória de alta. O analista destaca que essa dinâmica reforça a expectativa de o Banco Central manter os juros elevados por um tempo, para controlar a inflação sem comprometer a recuperação financeira.
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