A China confirmou detalhes de uma estrutura comercial com os Estados Unidos, reiterando comentários do secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, sobre uma estabilização nas relações bilaterais. As autoridades chinesas comunicaram que, após negociações recentes em Londres, ambos os lados continuam alinhados quanto às condições do acordo, que visa melhorar o comércio entre as duas maiores economias do mundo.
Avanços nas negociações e retomada de exportações
Segundo um porta-voz do Ministério do Comércio da China, os detalhes do entendimento foram mais claros nos últimos dias. “Nos últimos dias, após a aprovação, ambos os lados confirmaram ainda mais os detalhes da estrutura. O lado chinês revisará e aprovará os pedidos elegíveis de exportação de itens controlados de acordo com a lei. O lado americano, por sua vez, cancelará uma série de medidas restritivas adotadas contra a China”, afirmou a autoridade.
Repercussões e expectativas
Posição dos EUA
O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou na quinta-feira à Bloomberg TV que as duas maiores economias do mundo concluíram um entendimento comercial em Genebra. Ele destacou que o acordo, assinado há dois dias, formaliza os termos negociados, incluindo o compromisso da China de fornecer terras-raras — essenciais para várias indústrias, como energia renovável e aviação.
Reações e controvérsias
Embora o presidente americano, Donald Trump, tenha classificado o resultado como “ÓTIMO” em suas redes sociais, sua equipe reconheceu que o pacto basicamente reafirmou acordos anteriores, obtidos em Genebra, que resultaram na redução de tarifas, mas também abriram novas disputas relacionadas ao controle de exportações. O comunicado oficial chinês destacou que os dois países devem colaborar para promover o desenvolvimento econômico de forma estável.
Incertezas e próximos passos
Apesar do otimismo, a ausência de detalhes concretos após as negociações em Londres deixou algumas dúvidas, principalmente sobre o retorno de Pequim às exportações de terras-raras, um ponto crucial para vários setores industriais. Além disso, o governo dos EUA ainda mantém tarifas de 20% sobre exportações chinesas relacionadas a opioides, incluindo minerais usados na produção de medicamentos.
Nos últimos dias, a China anunciou que reforçaria o controle sobre produtos químicos utilizados na fabricação de fentanil, uma medida vista como gestos de boa vontade para consolidar a trégua comercial. Lutnick também declarou que as “contramedidas” americanas relacionadas à exportação de terras-raras só serão suspensas quando esses materiais começarem a ser enviados oficialmente ao mercado chinês. Essas restrições incluem o controle de produtos como etano, softwares de chips e motores a jato.
Perspectivas futuras
O acordo ocorre em meio a esforços dos EUA para flexibilizar as restrições ao exportamento de etano, um gás utilizado na produção de plásticos. No início desta semana, o Departamento de Comércio dos EUA orientou empresas de energia a carregarem esse gás para exportação, porém sem descarregá-lo na China sem a devida autorização, sinalizando avanços na relação comercial bilateral.
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