Brasil, 27 de junho de 2025
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Família enfrenta dificuldades financeiras para trazer corpo de parente do exterior

A busca por ajuda financeira para repatriar corpos do exterior tem se tornado um desafio para muitas famílias brasileiras.

Nos últimos dias, a dor da perda se tornou ainda mais intensa para uma família de São Paulo que enfrentou uma verdadeira batalha para conseguir trazer o corpo de uma parente que faleceu no exterior. A luta pela repatriação revelou as dificuldades financeiras e emocionais que muitas famílias brasileiras enfrentam ao lidar com o luto e a burocracia envolvida nesse processo.

O desespero em busca de apoio

“Foi horrível toda essa busca por dinheiro. Demoramos 72 dias para trazer o corpo e enterrar aqui em São Paulo. Eu não tinha condição de pagar, aí fiz a vaquinha e não deu em nada. Arrecadamos R$ 3 mil. Tudo é muito difícil, porque as pessoas têm medo de ajudar, achando que é golpe.” Essas foram as palavras de uma mãe que viveu na pele a dor de perder uma filha e, ao mesmo tempo, a luta para trazê-la de volta ao Brasil.

O desespero em busca de ajuda financeira é comum em muitos casos. A dificuldade em arrecadar fundos é acentuada pela desconfiança de muitos em contribuir para campanhas de doação, o que torna o processo ainda mais angustiante. Neste caso, apesar da arrecadação de R$ 3 mil, o valor se mostrou insuficiente para cobrir todos os custos envolvidos no traslado do corpo.

Os altos custos do traslado

O traslado de corpos do exterior para o Brasil pode variar consideravelmente, dependendo da localidade e das circunstâncias da morte. Além das tarifas para a preparação do corpo, é necessário lidar com a documentação, transporte, e possíveis taxas de voo, que podem ultrapassar facilmente os R$ 10 mil. Esse cenário desafia qualquer família a arcar com um valor tão alto em um momento de dor.

Uma solução temporária e emocionalmente desgastante

Depois de muito sofrimento, a família conseguiu a ajuda de um conhecido, que contribuiu para que o enterro pudesse finalmente acontecer. Contudo, os traumas e ressacas emocionais permanecem. “Até agora não consegui trazer nada dela, de objeto, de lá”, desabafou a mãe, destacando a tristeza de não poder se despedir adequadamente da filha.

O processo burocrático

O processo de repatriação de corpos é repleto de burocracias que podem atrasar ainda mais o retorno dos entes queridos. Muitas famílias acabam se sentindo sobrecarregadas e perdidas, sem saber como proceder. É comum que as autoridades exijam a apresentação de diversos documentos, que nem sempre estão ao alcance rapidamente. O suporte de consulados e embaixadas se torna crucial nesse momento, mas muitas vezes é insuficiente.

Ajuda das instituições

No Brasil, existem organizações e algumas iniciativas do governo que buscam auxiliar famílias em situações semelhantes. Contudo, a oferta de apoio é limitada e nem sempre chega a todos que precisam. Enquanto isso, a dor das perdas se acumula e muitos sofrem em silêncio, esperando um milagre ou alguma forma de ajuda.

Reflexões sobre a solidariedade

Esse caso é apenas um entre muitos que revelam a fragilidade do apoio social em momentos de necessidade extrema. A solidariedade de comunidades e indivíduos é fundamental para que as famílias enfrentem essa situação com um pouco mais de dignidade. “Espero que outras pessoas se mobilizem e entendam essa luta”, finalizou a mãe, em um apelo que ressoa com a necessidade urgente de umsociedade mais unida e acolhedora.

Encerramento

Enquanto vidas são perdidas, a luta pela repatriação de corpos requer não apenas um esforço financeiro, mas também uma maior conscientização sobre a importância de ajudar aqueles que passam por momentos difíceis. Historias como essa nos lembram da fragilidade da vida e da necessidade de união em tempos de crise.

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