Brasil, 27 de junho de 2025
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Elon Musk desiste da colonização de Marte, afirma Peter Thiel

Segundo Peter Thiel, Elon Musk abandonou a ideia de colonizar Marte, que uma vez foi um projeto ideológico.

Recentemente, em uma entrevista para o New York Times, Peter Thiel, amigo de Elon Musk e co-fundador do PayPal, revelou que o CEO da Tesla e SpaceX não acredita mais que a colonização de Marte seja um projeto viável para construir uma nova sociedade. Durante a conversa com o jornalista Ross Douthat, Thiel afirmou: “2024 é o ano em que Elon parou de acreditar em Marte.” Esta mudança de perspectiva levanta questões sobre as ambições interplanetárias que Musk havia defendido por tanto tempo.

A desilusão de um sonho interplanetário

A ideia de expandir a presença humana para outros planetas sempre foi uma ânsia de Musk. No entanto, Thiel sugeriu que o que antes era um projeto ideológico agora se transformou em um projeto puramente tecnológico. Enquanto Musk já havia declarado que a presença humana em Marte poderia acontecer até 2028 e enfatizava a importância da colonização para a “sobrevivência a longo prazo da civilização” em caso de catástrofe na Terra, sua visão começou a sofrer reveses.

Uma reviravolta significativa foi sua saída de funções na administração Trump e a subsequente perda de tempo com o presidente dos Estados Unidos. Essa mudança lhe proporcionou mais espaço para se concentrar na SpaceX. Contudo, seus planos interplanetários enfrentaram um novo desafio na semana passada, quando uma de suas espaçonaves Starship sofreu uma “falha catastrófica” e explode durante um teste no Texas.

As novas preocupações e tendências tecnológicas

Thiel, articulando sua crítica, mencionou que Musk havia inicialmente visto Marte como uma alternativa política, um espaço onde a sociedade poderia recomeçar. Mas em 2024, ele teria chegado à conclusão de que a “governação socialista dos EUA” e as tecnologias de AI “woke” o seguiriam até Marte. Essa visão parece ter sido moldada por uma conversa que Musk teve com Demis Hassabis, chefe da Google DeepMind, onde discutiram a importância da inteligência artificial em relação à exploração intergaláctica.

O viés de Musk para apoiar Trump nas eleições presidenciais do ano passado foi, segundo Thiel, em parte um reflexo de sua percepção da ineficácia da busca por um refúgio em Marte. Para Musk, a resposta dada por Hassabis, de que sua inteligência artificial poderia segui-lo até Marte, foi um balde de água fria em suas expectativas do que a colonização representaria.

Uma nova visão para o futuro

Thiel descreve a utopia interplanetária de Musk como similar à ideia do “lunar libertário” de Robert Heinlein. No entanto, conforme a concretização dos planos de colonização de Marte se aproxima, fica evidente que o potencial do planeta vermelho como uma mera ciência está se transformando em um projeto político mais profundo. Thiel afirma que a desilusão de Musk se intensifica cada vez mais, e que suas esperanças de que Marte pudesse ser um “refúgio” estão se dissipando.

Mesmo após um tweet de Musk, onde ele afirmava que a Starship “esperançosamente partirá para Marte no final do próximo ano”, o tom de Thiel sugere que a esperança em relação a um novo começo em Marte não é mais uma perspectiva otimista. Ele citou Musk: “Não há para onde ir.”

Com essa mudança de direção, a sociedade continua a questionar o que a exploração espacial realmente significa para o futuro da humanidade. A ambição de Musk por um novo lar em Marte pode estar se convertendo em uma reflexão mais profunda sobre as limitações das tecnologias atuais e a real necessidade de uma nova política ou entender o que significa viver em um mundo onde os desafios da Terra o seguem a cada passo.


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