Brasil, 27 de junho de 2025
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Adolescente confessa assassinato dos pais e irmão no RJ

Um jovem de 14 anos foi apreendido após confessar ter assassinado a família em Itaperuna, Rio de Janeiro. Entenda os detalhes.

Um trágico caso de crime familiar chocou a cidade de Itaperuna, no Noroeste do Rio de Janeiro, onde um adolescente de apenas 14 anos foi apreendido após confessar ter assassinado seus pais e seu irmão de apenas 3 anos. O jovem já tinha planos de fuga para Mato Grosso, onde pretendia encontrar uma namorada virtual. O episódio, que ocorreu no último sábado (21), levantou questões sobre as motivações do crime e a relação familiar do suspeito.

Planos de fuga e namoro virtual

De acordo com a Polícia Civil, o jovem estava preparado para fugir, com uma mochila recheada de pertences, incluindo os celulares dos pais mortos. Ele pretendia se encontrar com uma adolescente de 15 anos, uma namorada virtual, na cidade de Água Boa (MT), onde a jovem trabalhava. As investigações revelaram que o adolescente buscava emprego no mesmo local onde sua namorada atuava, o que reforça a ideia de que ele planejava a fuga há algum tempo.

Motivações e detalhes do crime

O crime foi realizado enquanto a família dormia. O adolescente usou uma arma que pertencia ao pai, um colecionador de armas e praticante de artes marciais, para cometer os assassinatos. A arma estava registrada em nome do pai, e a polícia investiga se o adolescente tinha distúrbios emocionais que o levaram a agir dessa forma. Um aspecto intrigante é o fato de o jovem ter pesquisado na internet sobre como receber o FGTS de pessoas falecidas.

Investigação em andamento

O delegado Carlos Augusto Guimarães, que cuida do caso na 143ª DP (Itaperuna), informou que a Justiça determinou a internação provisória do adolescente por 45 dias. Embora o Tribunal de Justiça tenha dito que não se manifestará sobre o caso por ser um menor, a polícia já começou a investigar a fundo a relação da criança com seus pais e possíveis cúmplices no crime.

A Polícia Civil considera duas linhas de investigação. A primeira é a possível proibição, por parte dos pais, da relação virtual que o adolescente mantinha com sua namorada, e a segunda envolve uma motivação financeira, relacionada ao FGTS do pai, que somava cerca de R$ 33 mil.

Criação de um álibi falho

Após cometer os crimes, o adolescente tentou despistar outros familiares e vizinhos, alegando que o irmão havia se engasgado e que seus pais o tinham levado ao hospital. No entanto, a versão não se sustentou, já que nenhuma unidade de saúde registrou atendimento da família naquela noite. A inconsistência no relato levantou suspeitas, levando a família a confrontá-lo, o que resultou em sua confissão ao tio e, consequentemente, na sua apreensão pela polícia.

Relação familiar e sua influência

Os laços dentro da família serão analisados, especialmente a relação do jovem com o pai, que praticava artes marciais e ensinava o filho a manusear armas. O impacto que esses ensinamentos tiveram na vida do adolescente será um foco importante da investigação. Segundo o delegado, essa relação não deve ser descartada, mesmo que não se saiba ao certo se teve influência direta nas ações do jovem. A possibilidade de abandono afetivo ou outros distúrbios emocionais também está sendo considerada.

O caso é um reflexo das complexas dinâmicas familiares, distúrbios emocionais e a influência das redes sociais nas relações entre adolescentes. A dor da perda de uma família é irremediável, e as perguntas sobre as causas desse crime brutal continuarão a ecoar na comunidade de Itaperuna e em todo o Brasil.

O acontecimento levanta um intenso debate sobre como as instituições podem oferecer suporte a jovens em situações vulneráveis e a importância da educação emocional e da comunicação saudável dentro do núcleo familiar. A tragédia destaca como a falta de acompanhamento e a desconexão familiar podem resultar em consequências devastadoras.

As investigações prosseguem, e a sociedade aguarda respostas que possam ajudar a entender os fatores que levaram a esse triste desfecho.

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