Nesta quinta-feira (26/6), Manoel Marins, pai de Juliana Marins, publicou um vídeo comovente nas redes sociais direto da Indonésia, onde está acompanhando os procedimentos para a liberação do corpo da filha. Juliana, uma jovem de 26 anos natural de Niterói (RJ), sofreu um trágico acidente ao cair de uma trilha no vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, e ficou quatro dias à espera de resgate.
A dor do pai e o processo de repatriação
No vídeo, Manoel relata que se deslocará para Bali para estar presente durante o processo de necropsia de Juliana. Visivelmente abalado, ele compartilha seu profundo sofrimento e saudade pela perda da filha. “Vou para Bali, acompanhar a necrópsia da Ju e conseguir o atestado de óbito para que a gente possa voltar com ela para o Brasil. Não sei se eu vou conseguir voltar com ela ou se o corpo ainda vai demorar um pouco,” disse ele, expressando a angústia do momento.
“Bateu muita saudade ontem, chorei muito. Não dormi bem. Filha, te amo demais. Demais, demais e cada vez mais a dor aumenta. Descanse nos braços do Pai, querida. Deus te abençoe,” continuou Manoel, tocando o coração de quem assistia.
A repercussão e apoio do governo
A tragédia de Juliana Marins gerou grande comoção nas redes sociais e na mídia brasileira. O governo também se manifestou, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou mudanças em um decreto de 2017 que restringia o custeio do translado de corpos de brasileiros falecidos no exterior. Lula afirmou que irá revogar essa norma para garantir que a família de Juliana não enfrente dificuldades financeiras para trazer o corpo de volta ao Brasil.
“Quando chegar a Brasília, vou revogar o decreto e fazer outro para que o governo assuma a responsabilidade de custear as despesas da vinda do corpo dessa jovem para o Brasil e para sua família,” afirmou o presidente, em contato com o pai da jovem.
O acidente trágico
Juliana Marins estava em uma jornada de turismo e aventura na Indonésia, quando, na última sexta-feira (20/6), caiu de um penhasco enquanto fazia uma trilha. Seus familiares relatam que a espera pelo resgate foi marcada por falhas e negligência. Eles argumentam que, se o socorro tivesse sido prestado de maneira mais ágil, a jovem poderia ter sobrevivido.
“A gente ficou esperando por socorro e, quando vieram, já era tarde demais,” desabafou um dos familiares em um post no Instagram. Essa situação levantou questões sobre a segurança de turistas em áreas de risco e a eficiência das operações de resgate em locais remotos como os vulcões da Indonésia.
Solidariedade e tributos à Juliana
Nas redes sociais, amigos e conhecidos de Juliana utilizaram a hashtag #JustiçaPorJuliana para divulgar sua história e exigir melhorias no atendimento a turistas em situações de emergência. A repercussão motivou discussões sobre a necessidade de um sistema de resgate mais eficaz em áreas montanhosas e a responsabilidade das empresas de turismo que organizam essas expedições.
Com o apoio do governo e a mobilização popular nas redes sociais, espera-se que a trajetória de Juliana Marins leve a mudanças significativas nas políticas de segurança e assistência a turistas no Brasil e no exterior.
Enquanto os preparativos para a repatriação de Juliana avançam, sua família conta com as orações e apoio de uma comunidade que, unida pela dor, busca justiça e prevenção para que tragédias como essa não se repitam.
Considerações finais
O caso de Juliana Marins é um lembrete doloroso do fragilidade da vida e da importância da segurança durante aventuras em locais remotos. À medida que o pai da jovem luta para trazer seu corpo de volta ao Brasil, ele também se torna a voz de muitos que desejam ver melhorias nas políticas de segurança para viajantes. A tragédia de Juliana não deve ser esquecida, mas sim servir como um catalisador para mudanças necessárias.