Desde sua criação em 1913, o Rose Garden da Casa Branca passou por diversas reformulações ao longo do tempo, refletindo mudanças na arquitetura, na estética e em eventos históricos. Agora, com as obras de pavimentação iniciadas pelo presidente Donald Trump, o espaço está sendo totalmente transformado, substituindo o gramado por pedra e concreto. Este não é o primeiro momento em que o jardim passa por mudanças profundas, mas certamente uma das mais drásticas.
O Rose Garden e sua história antes do atual projeto
Antes de sua instalação oficial, existia o West Colonial Garden, uma área de jardins coloniais ao redor da Casa Branca por volta de 1908. O Rose Garden foi projetado por George E. Burnap e inaugurado na gestão da primeira-dama Ellen Axson Wilson em 1913, trazendo uma estética de hortas floridas e caminhos delimitados. Desde então, várias atualizações ocorreram, incluindo a implantação de canteiros de flores, árvores de cerejeira e uma calçada de borda.
Momentos marcantes no Rose Garden ao longo do século
Década de 1950 a 1960
Na década de 1950, o espaço serviu de palco para eventos como a entrega de prêmios a aviadores e discursos de presidentes como Harry Truman e Dwight D. Eisenhower. A visita do astronauta Alan Shepard em 1961, pouco após seu voo espacial, foi um marco que incentivou a reformulação do jardim na gestão de John F. Kennedy, com o envolvimento da horticultora Rachel Lambert Mellon. A reconstrução foi concluída em 1962, resultando em um espaço mais refinado e modernizado.
Eventos históricos e civilizações
Durante os protestos contra a Guerra do Vietnã em 1967, o Rose Garden foi palco de debates entre o presidente Lyndon B. Johnson, o vice-presidente Hubert Humphrey e demais membros do gabinete. Na mesma década, atividades familiares e homenagens marcaram o espaço, como o casamento da filha de Nixon, Tricia, em 1971, e visitas de figuras internacionais como Pelé, que participou de partidas de futebol com o presidente Gerald Ford na década de 1970.
Uso do espaço para eventos diplomáticos e políticos
Ao longo dos anos, o Rose Garden tornou-se cenário de importantes encontros diplomáticos, discursos e cerimônias, incluindo a conversa entre presidentes George H. W. Bush e Boris Yeltsin, em 1992, e a confirmação de Ruth Bader Ginsburg na Suprema Corte, em 1994. Presidentes também aproveitaram a área para momentos mais descontraídos, como jogos com seus cães ou celebrações familiares.
Transformações recentes e o futuro do Rose Garden
No final da década de 2010, mudanças mais drásticas foram feitas à vegetação e aos símbolos do jardim. Melania Trump, em 2020, substituiu árvores e flores por um projeto pavimentado, alterando radicalmente o visual do espaço. Recentemente, iniciou-se a pavimentação completa do gramado em uma intervenção que busca uma estética mais moderna, embora tenha gerado debates sobre a preservação da história do local.
O que a história revela sobre o papel do Rose Garden
As transformações do Rose Garden refletem mais do que mudanças estéticas: são momentos de adaptação às ocasiões culturais, políticas e sociais do país. Desde as celebrações familiares até grandes debates internacionais, o espaço simboliza a história e o poder dos Estados Unidos. E, enquanto o atual projeto de pavimentação une-se a essa narrativa, muitos questionam se preservar o gramado seria uma forma de manter viva essa história.
Qual sua opinião sobre as reformas recentes? Você acredita que o jardim deve ser preservado ou que a mudança faz parte da evolução? Compartilhe seu ponto de vista nos comentários.
