Brasil, 27 de junho de 2025
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Dólar cai abaixo de R$ 5,50 após derrubada do IOF e queda da inflação

Após a revogação do aumento do IOF e sinais de desaceleração da inflação, mercado financeiro registra tranquilidade e melhora indicadores

O mercado financeiro teve um dia de retração e otimismo nesta quinta-feira (26), após a aprovação da derrubada do decreto que elevava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e com a inflação em linha com as expectativas. O dólar comercial fechou vendido a R$ 5,498, uma queda de 1,02%, revertendo a alta recente e ficando abaixo de R$ 5,50.

Mercado reage à revogação do aumento do IOF e à inflação menor

Com a decisão de derrubar o aumento do IOF, aprovada na noite de quarta-feira pela Câmara e pelo Senado, o mercado interpretou positivamente, embora gerasse uma perda de R$ 12 bilhões nas receitas do governo, conforme dados da Receita Federal divulgados nesta quinta.

“Apesar do impacto nas receitas, a revogação do IOF deve pressionar o governo a promover cortes de gastos,” afirmou Fernando Pereira, estrategista do mercado financeiro. A medida reforçou a percepção de maior estabilidade econômica e incentivo ao consumo de curto prazo.

Índices de inflação e juros influenciam o otimismo

Outro fator que ajudou o mercado foi a queda da inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que anunciou uma variação de 0,26% em junho. O resultado veio abaixo do esperado e reforça a possibilidade de redução da Taxa Selic pelo Banco Central antes do previsto, estimulando o mercado de ações.

“A inflação mais controlada abre espaço para potencial redução da taxa de juros, o que deve favorecer o crescimento econômico e a liquidez do mercado financeiro,” comentou Ana Cláudia Rodrigues, economista da XP Investimentos.

Cenário externo também favorece o mercado brasileiro

Nos Estados Unidos, dados de desaceleração econômica e a manutenção do cessar-fogo entre Israel e Irã aumentaram as chances de o Federal Reserve (Fed) cortar os juros mais cedo este ano. Juros baixos em economias avançadas estimulam a entrada de recursos em mercados emergentes, como o brasileiro.

“A combinação de fatores internos e externos contribui para a melhora do cenário econômico e para o otimismo dos investidores,” ressaltou Marcos Pinto, analista de empresas.

Resultados do dia e perspectivas futuras

O IBovespa, principal índice da bolsa de São Paulo, fechou com alta de 0,99%, aos 137.114 pontos, revertendo as perdas da quarta-feira. Em junho, a alta acumulada foi de 0,06%, enquanto no ano o índice registra avanço de 13,99%.

A cotação do dólar, que chegou a superar os R$ 5,55 na semana passada, recuou após o anúncio, fechando próximo das mínimas do dia. Essa tendência deve se manter enquanto o cenário de menor inflação e estabilidade internacional perdurar.

Para o próximo período, o mercado aguarda novos sinais de queda dos juros, além de possíveis reformas fiscais e ajustes nas políticas econômicas do governo, que podem fortalecer ainda mais o andamento positivo para a economia brasileira.

Fonte: Agência Brasil

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