Brasil, 27 de junho de 2025
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Jovem brasileira morta na Indonésia: Lula revoga decreto sobre traslado de corpos

Após a morte de Juliana Marins na Indonésia, Lula anuncia a revogação de decreto que impede o governo de custear o traslado de corpos.

No último dia 24, a jovem Juliana Marins, de apenas 26 anos, foi tragicamente encontrada morta após uma queda em uma trilha no Monte Rinjani, o segundo maior vulcão da Indonésia. A perda precoce gerou uma onda de apoio e indignação, culminando em uma declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em São Paulo, Lula anunciou que pretende revogar um decreto de 2017 que proíbe o governo federal de arcar com os custos do traslado de corpos de brasileiros falecidos no exterior.

A declaração de Lula e a promessa de apoio à família

Durante sua coletiva, Lula expressou sua solidariedade à família de Juliana, destacando que conversou por telefone com o pai da jovem, Manoel Marins. Ele declarou: “Quando chegar a Brasília, vou revogar o decreto e fazer outro para que o governo assuma a responsabilidade de custear as despesas para o corpo dessa jovem vir ao Brasil”. Essa medida reflete um compromisso de assistência em momentos de dor e necessidade, especialmente em situações tão delicadas como a perda de um ente querido.

O presidente também afirmou que o Ministério das Relações Exteriores prestará apoio completo à família, incluindo a logística necessária para o traslado do corpo ao Brasil. No entanto, detalhes sobre como esse transporte será realizado ainda não foram divulgados.

Contexto da tragédia e a resposta da família

A morte de Juliana Marins gerou comoção não apenas entre amigos e familiares, mas também nas redes sociais, onde muitos se manifestaram em apoio à família. Entretanto, a demora nas operações de resgate levantou críticas. A jovem ficou desaparecida por quase 15 horas antes de seu corpo ser recuperado pela Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia, o que fez com que seus familiares acusassem a equipe de resgate de negligência. Em suas redes, a família destacou: “Juliana sofreu uma grande negligência por parte da equipe de resgate. Se a equipe tivesse chegado até ela dentro do prazo estimado de 7h, Juliana ainda estaria viva”.

Essas declarações ressaltam a necessidade de uma revisão nas práticas de resgate em áreas de risco como trilhas em vulcões, onde acidentes são comuns. A pressão para uma investigação mais aprofundada sobre as circunstâncias da morte de Juliana cresce, com a família buscando não apenas justiça, mas também a segurança de futuros turistas que possam se aventurar naquelas trilhas perigosas.

Legislação brasileira e críticas à atual política sobre traslado de corpos

A legislação brasileira atualmente não obriga que o governo cubra as despesas de traslado de corpos ou sepultamento de brasileiros falecidos no exterior. Essa situação tem gerado frustração e indignação, especialmente em casos como o de Juliana, em que a dor da perda se vê acompanhada da pressão financeira sobre as famílias. O anúncio de Lula sobre a revogação do decreto é um passo em direção à mudança dessa realidade, refletindo uma maior responsabilidade do governo em momentos de crise.

Além disso, a situação gerou uma corrente de solidariedade dentro da sociedade brasileira, onde muitas pessoas tentam ajudar de diversas formas. Um alerta importante foi feito quanto a um golpe envolvendo vaquinhas online, tentando explorar a tragédia da família para arrecadar fundos. A família, por sua vez, já se manifestou sobre a fakenews, alertando a população para que não se deixem enganar.

A importância de reformas e um apoios mais acessíveis

Estes acontecimentos ressaltam a necessidade de uma reformulação na forma como as burocracias e legislações atuais tratam questões de emergência e a assistência a brasileiros que se encontram fora do país. A esperança é que a revogação do decreto e a promessa de suporte à família Marins sirvam como um exemplo para futuras políticas que visem proteger e apoiar os cidadãos brasileiros, especialmente em momentos críticos.

A morte de Juliana Marins é uma perda irreparável, mas que, ao mesmo tempo, pode acender um debate necessário sobre como o Brasil pode e deve cuidar de seus cidadãos, independentemente de onde estejam no mundo. A luta pela justiça em sua memória, junto ao clamor por mudanças legislativas, marcam um capítulo importante na história de assistência internacional do Brasil.

Em suma, a situação de Juliana não é apenas um reflexo do que a família enfrenta, mas sim uma chamada à ação para que o governo e a sociedade adotem uma postura mais proativa em relação à proteção e assistência aos brasileiros em situações de emergência no exterior.

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