Brasil, 29 de junho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Direita reage furiosa à vitória de Zohran Mamdani em Nova York

Conservadores e figuras conservadoras se mobilizaram nas redes sociais após Mamdani vencer a primária democrática, gerando críticas e ataques diversos.

Nesta terça-feira (25), Zohran Mamdani declarou vitória na primária ao derrotar o ex-governador Andrew Cuomo, marcando uma surpreendente conquista na eleição para prefeito de Nova York. A apuração intensa revelou uma votação expressiva que colocou o socialista democrático à frente, causando reação contundente da direita.

Reações da direita norte-americana à vitória de Mamdani

Réplicas de faroeste digital se multiplicaram após a confirmação do resultado. Laura Loomer, ativista de extrema-direita e apoiadora de Donald Trump, realizou uma série de postagens na plataforma X (antigo Twitter), onde afirmou que a cidade de Nova York enfrentará “outra 9/11” sob a liderança de Mamdani. Ela disse ainda: “Nova York esqueceu suas vítimas do 11 de setembro mortas por muçulmanos. Agora, um muçulmano comunista será o prefeito.”

Além disso, Loomer, conhecida por suas posições conspiratórias e anti-muçulmanas, alegou infundadamente que Mamdani é “literalmente apoiado por terroristas”. Essas declarações tiveram grande repercussão na direita, que tenta associar o político a extremismos e ameaças de segurança.

Críticas e ameaças ao futuro prefeito, que é muçulmano

Mamdani, que não esconde sua fé muçulmana em sua campanha, também recebeu críticas duras relacionadas às suas posições sobre Palestina, o que reforçou sua condição de alvo de ataques mais radicais. Ele e sua família receberam ameaças de morte, levando a uma investigação por parte da polícia, reportada pelo The New York Times.

Reações políticas e uso de discurso extremista

Ciente do impacto do resultado, figuras da direita radical não pouparam críticas ao candidato. Clay Travis, do OutKick, que participou do programa Fox News, acusou Mamdani de querer prender o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, caso ele visitasse Nova York. “Ele quer prender o Netanyahu, que é procurado por crimes de guerra”, disse Travis.

O fundador do Turning Point USA, Charlie Kirk, também se manifestou de forma polêmica, relacionando Mamdani aos atentados de 11 de setembro, ao classificar o candidato como um “muçulmano socialista” na mesma linha de racismo e islamofobia. Quando confrontado por Jessica Tarlov, Kirk manteve sua postura, reforçando o discurso de ódio.

Outras figuras políticas inflamam a discussão

Já a deputada Elise Stefanik, que mira uma possível candidatura ao governo de Nova York, usou a vitória de Mamdani para chamá-lo de “radical, comunista e antissemita”. Stefanik ainda sugeriu que a governadora Kathy Hochul estaria em pânico com os resultados primários para tentar politizar a situação.

Por sua parte, Hochul manifestou esperança de dialogar com Mamdani, apesar de não ter apoiado oficialmente nenhum candidato na disputa. Ela afirmou desejar trabalhar pelo “futuro de uma Nova York segura, acessível e vivível”.

Posições políticas e agenda progressista de Mamdani

Mamdan, conhecido por defender causas progressistas como transporte gratuito, creches públicas e supermercados públicos, destacou-se pelo seu posicionamento à esquerda do espectro político. Sua vitória representa um impacto importante na política local, trazendo uma perspectiva que desafia o conservadorismo predominante.

Ao ser eleito, ele promete transformar a cidade com uma plataforma voltada à justiça social e redução de desigualdades, enfrentando o cenário de ataques que refletem um clima de polarização extrema.

A repercussão da vitória de Mamdani evidencia a crescente resistência de setores conservadores aos avanços do espectro progressista na política de Nova York, refletindo uma disputa que, sem dúvidas, continuará acirrada nas próximas semanas.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes