Na última quarta-feira (25), a Prefeitura de Niterói, no Rio de Janeiro, anunciou que vai custear o traslado do corpo de Juliana Marins, uma jovem de 26 anos que foi encontrada morta após passar quatro dias à espera de resgate em uma trilha do vulcão Rinjani, na Indonésia. A confirmação veio do prefeito Rodrigo Neves (PDT), que comunicou o apoio via rede social.
Como aconteceu a tragédia
Juliana, natural de Niterói, partiu para uma viagem de mochilão pela Ásia e se uniu a um grupo de turistas para explorar a trilha do Rinjani. Durante a caminhada, a jovem escorregou e caiu em uma vala, parando a 300 metros de onde estava o restante do grupo. Inicialmente, houve expectativa de que ela tivesse recebido socorro, mas a família afirmou que, na verdade, Juliana aguardou resgate por quatro longos dias.
A trágica situação se intensificou quando as condições climáticas na região impediram os esforços de resgate, levando à interrupção das buscas na segunda-feira (23). A confirmação dessa interrupção foi dada pela própria família nas redes sociais, demonstrando a dor e o desespero vividos nos dias críticos.
Apoio da Prefeitura de Niterói
Em solidariedade, o prefeito Rodrigo Neves entrou em contato com a irmã de Juliana, Mariana, e garantiu que os custos para trazer o corpo da Indonésia de volta a Niterói seriam cobertos pela gestão municipal. Em sua declaração, Neves expressou desejos de conforto à família da jovem, ressaltando a importância desse apoio em um momento tão delicado.
“Hoje mais cedo conversei com Mariana, irmã de Juliana Marins, e assumimos o compromisso da @NiteroiPref com o translado de Juliana da Indonésia para nossa cidade, onde será velada e sepultada. Que Deus conforte o coração da família linda de Juliana e todos seus amigos.”
— Rodrigo Neves (@_RodrigoNeves_)
Complexidade do processo de traslado
O traslado do corpo de Juliana Marins envolve uma série de articulações entre autoridades consulares, empresas funerárias especializadas e a observância de normas sanitárias rigorosas. Contrariamente ao apoio da Prefeitura, o Itamaraty confirmou que não custeará o traslado, visto que esse tipo de despesa não estava previsto legalmente nem na base orçamentária do Brasil.
A nota do governo destaca: “Não há base legal nem dotação orçamentária para o Estado custear traslados,” deixando a responsabilidade sobre a mobilização do corpo nas mãos da família e das esferas municipais que se dispuseram a ajudar.
Quem era Juliana Marins
Juliana era uma profissional criativa, formada em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Com um perfil ativo nas redes sociais, ela acumulava mais de 20 mil seguidores, compartilhando suas experiências de aventuras ao redor do mundo. Juliana também trabalhou em importantes empresas do Grupo Globo, como Multishow e Canal Off, e era conhecida por seu talento como dançarina profissional de pole dance.
Além de suas habilidades artísticas, Juliana havia completado cursos em fotografia, roteiro e direção de cinema, o que a posicionava como uma jovem promissora e admirada por muitos. Sua aura aventureira e apaixonada pela vida fez dela uma inspiração para amigos e seguidores.
Desdobramentos e homenagens
A tragédia de Juliana Marins gerou comoção não apenas em sua cidade natal, mas em todo o Brasil. Amigos e familiares, além de desconhecidos, prestaram homenagens nas redes sociais em solidariedade à perda. A trajetória de Juliana, marcada pela busca de novas experiências e aventuras, deixa uma lacuna nos corações de todos que a conheceram.
Seu legado de coragem e amor pela vida ecoa nas memórias de quem teve o privilégio de caminhar ao seu lado, mesmo que por um breve momento. Neste momento difícil, que a força e a união da comunidade de Niterói e do Brasil sejam um bálsamo para a família de Juliana.
Esperamos que todos que acompanharam o caso possam refletir sobre a fragilidade da vida e a importância do amor familiar. O apoio da Prefeitura de Niterói também reafirma a compaixão em momentos difíceis e a união de uma cidade em prol do bem-estar de seus cidadãos.