O prefeito do município de Divinópolis, Geidson Azevedo (Novo), está gerando polêmica ao divulgar um vídeo nas redes sociais em que anuncia a proibição do balonismo na cidade. A medida, segundo ele, visa proteger vidas e o meio ambiente, sendo uma resposta a um recente acidente trágico envolvendo balões em Santa Catarina que resultou na morte de 21 pessoas. No entanto, vale destacar que o balonismo não é uma prática comum em Divinópolis.
A justificativa da proibição
No vídeo, o prefeito Azevedo se posiciona firmemente contra a prática: “Primeiro que é um crime ambiental e também um crime à vida. E nós do poder público temos que valorizar a vida. Então, aqui balonismo, não!”. Ele teve como base a tragédia de Santa Catarina ocorrida no último dia 21, onde um balão caiu, provocando a morte de várias pessoas. Contudo, há confusão em sua justificativa, já que o balonismo não é proibido por lei; a legislação brasileira veda apenas o uso de balões festivos, que são diferentes dos balões usados para passeios turísticos ou competições esportivas.
Cultura local e reações nas redes sociais
Embora o prefeito tenha apontado questões ambientais, a prática de balonismo não se faz presente na cultura de Divinópolis, levantando questionamentos e ironias nas redes sociais. Os moradores e usuários da internet não hesitaram em comentar sobre a decisão do prefeito. Em tom sarcástico, um usuário chegou a dizer: “Isso aí prefeito, agora só falta proibir viagem de submarino!”, o que ilustra a compreensão de que a proibição é, no mínimo, desproporcional em relação à realidade local.
As redes sociais do prefeito são notáveis por conter diversos vídeos com apelo humorístico e variados conteúdos que capturam a atenção do público. Essa estratégia de comunicação, que mistura seriedade e leveza, pode ter contribuído para a popularidade de Azevedo, mas sua decisão atual traz à tona um debate sobre a real necessidade da proibição.
Incidentais e contexto local
Azevedo, que é irmão do senador Cleitinho (Republicanos), já esteve envolvido em um episódio polêmico em 2021, quando foi gravado em uma discussão com um agente de trânsito a respeito de uma multa aplicada a um motorista. Na época, ele chegou a ameaçar rasgar a multa, o que gerou bastante repercussão nas redes sociais.
De acordo com informações do IBGE, Divinópolis possui uma população de 231 mil habitantes. A renda média dos trabalhadores formais na cidade é equivalente a dois salários mínimos, e sua área territorial abrange 708,115 km². Esse contexto revela que a vida social e econômica da cidade pode não estar diretamente atrelada ao uso de balões, o que pode tornar a decisão do prefeito ainda mais questionável.
Os desdobramentos da proibição
Com a repercussão da decisão nas mídias sociais, é importante observar como o movimento contra a proibição pode se organizar. Organizações locais e cidadãos que defendem atividades recreativas ao ar livre podem começar a pressionar o poder público para que se reavalie esta proibição que, até o momento, se mostra sem base nas necessidades e tradições culturais do município.
Enquanto isso, a comunidade da cidade acompanha atenta as consequências que essa decisão pode trazer para o cotidiano social e ecológico local. Azeitando as engrenagens das discussões sobre eventos esportivos e culturais, o que se espera é que o prefeito tome suas decisões pautadas em diálogos e em entendimento das demandas reais da população, evitando assim medidas que podem ser vistas como arbitrárias ou desnecessárias.
Por ora, a proibição de balonismo em Divinópolis, além de ser um tópico quente nas redes sociais, vem a ser um claro exemplo de como as mensagens da liderança municipal podem gerar reações variadas entre os cidadãos que, muitas vezes, exigem do poder público uma postura mais ética e reflexiva sobre suas determinações.