O deputado Rui Falcão (PT-SP), ex-presidente do partido, foi o único parlamentar da sigla a votar contra o decreto do governo Lula que aumenta o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Segundo ele, a votação ocorreu por engano e ele já solicitou a retificação do voto, apoiando a medida do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para elevar a arrecadação.
Voto por engano e apoio às medidas de arrecadação
Ao conversar com o jornal O Globo, Rui Falcão explicou que, além de reconhecer o erro, apoia a proposta do governo de aumentar o IOF. “Já pedi para retificar”, declarou o deputado, que acredita que a medida contribuirá para fortalecer as receitas públicas sem impactar direitos sociais.
Crise no relacionamento do PT com o governo
Falcão tenta retornar à presidência do PT e disputa o cargo com o ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, considerado favorito por receber o apoio do presidente Lula. Sua votação contrária ao decreto revela tensões internas na legenda, que atualmente enfrenta dificuldades de alinhamento com o Executivo.
Posição dos partidos no voto contra o decreto do IOF
De acordo com reportagem do Globo, parlamentares de partidos com ministérios no governo contribuíram com 63% dos votos contrários ao projeto que derruba o decreto de aumento do IOF. Partidos como União Brasil, PP, MDB e PDT apoiaram quase unânime a derrota da iniciativa do Executivo.
Por outro lado, o PSD e o PSB também apoiaram em sua maioria o projeto, deixando claro o alinhamento de algumas siglas com os interesses do governo diante do Congresso.
Histórico de votações e o contexto atual
No fim do ano passado, Falcão votou contra um pacote fiscal articulado por Haddad, que incluía medidas para limitar o aumento do salário mínimo e o concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) a idosos e deficientes. Ele destacou, entretanto, que a votação recente é diferente, pois o aumento do IOF não afeta direitos sociais como as ações de 2024.
O episódio evidencia as tensões e dificuldades de articulação do PT com o Congresso, refletindo o momento de disputa interna e os desafios do governo para aprovar suas propostas fiscais.
Mais detalhes sobre o episódio podem ser conferidos na reportagem do GLOBO.