Brasil, 26 de junho de 2025
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Fitch mantém nota da dívida brasileira em dois níveis abaixo do grau de investimento

A agência Fitch reafirmou a nota da dívida pública do Brasil com perspectiva estável, citando fatores fiscais e políticos como principais desafios

A agência de classificação de risco Fitch manteve a nota da dívida pública brasileira em dois níveis abaixo do grau de investimento, sinalizando que não pretende alterar a classificação nos próximos meses. A medida foi comunicada nesta quarta-feira (26), após avaliação dos fatores econômicos e políticos do país.

Fatores que justificam a manutenção da nota

Em comunicado oficial, a Fitch destacou quatro principais razões para a decisão: alto e crescente nível de dívida pública, rigidez orçamentária, baixas pontuações de governança e o crescimento econômico potencialmente baixo. Além disso, a agência citou as próximas eleições presidenciais de 2026 como fator que pode adiar a resolução dos problemas fiscais até 2027.

A Fitch também indicou dificuldades na relação do governo com o Congresso, o que pode impactar as reformas fiscais necessárias. O Ministério da Fazenda ainda não se manifestou oficialmente sobre a decisão da agência.

Histórico da classificação de risco brasileira

No julho de 2023, a Fitch elevou a nota de crédito do Brasil para dois níveis abaixo do grau de investimento, com perspectiva estável, indicador de que a classificação não deverá mudar nos meses seguintes. Este movimento marcou uma melhora em relação ao ano anterior, quando a nota estava três níveis abaixo do grau de investimento.

Outras agências de classificação também ajustaram suas avaliações. Em dezembro de 2023, a S&P elevou a nota da dívida brasileira para dois níveis abaixo do grau de investimento, enquanto a Moody’s reduziu a perspectiva de positiva para estável em maio de 2024, eliminando a possibilidade de o Brasil atingir o selo de bom pagador até o fim do mandato do atual governo.

Perspectivas e desafios futuros

Especialistas avaliam que a manutenção da nota reflete os desafios econômicos e fiscais do país, incluindo a necessidade de maior estabilidade política e reformas estruturais. A instabilidade e a relação com o Congresso permanecem como obstáculos para melhorias na classificação de risco.

Segundo análise de analistas do mercado, a continuidade das dificuldades fiscais e políticas pode dificultar a recuperação da confiança das agências de risco, afetando o custo do crédito e a capacidade de o Brasil atrair investimentos internacionais.

Impactos na economia brasileira

A classificação de risco influencia diretamente as condições de financiamento e o custo do crédito para o governo e o setor privado. A perspectiva estável indica que, apesar dos desafios, não há previsão de mudanças substanciais na avaliação de risco no curto prazo.

Especialistas afirmam que a continuidade da classificação abaixo do grau de investimento reforça a necessidade de medidas de ajuste fiscal e reformas estruturais para melhorar a percepção de risco do país.

Para acompanhar as próximas decisões das agências de classificação e os desdobramentos econômicos, consulte o fonte oficial do ABr.

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