Brasil, 26 de junho de 2025
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Relatório revela que Hitchhiker de Trump para atacar Iran foi TV

Novo relatório aponta que decisões de Trump sobre atacar Iran foram influenciadas por cobertura favorável na TV, especialmente Fox News.

De acordo com um relato do New York Times divulgado nesta segunda-feira, o ex-presidente Donald Trump decidiu bombear o Irã após assistir a programas da Fox News, que exaltavam as ações militares de Israel contra o país em junho. A medida marcou uma mudança significativa na postura de Trump, que anteriormente defendia uma política de não intervenção.

Influência da mídia na decisão de Trump de atacar o Irã

Helene Cooper, repórter do Times, afirmou em entrevista ao MSNBC que a decisão de Trump teve início ainda na manhã seguinte ao ataque israelense de 13 de junho, quando ele assistiu à cobertura da Fox News. “Um funcionário me disse que, aquilo ali, influenciou bastante o presidente, que começou a ver Israel como protagonista na ação”, explicou Cooper, que conversou com oficiais do Pentágono e do governo norte-americano.

Segundo a jornalista, Trump passou a se apropriar de parte do sucesso das operações militares israelenses e chegou a insinuar, em postagens nas redes sociais, que havia tomado controle do espaço aéreo do Irã. “Ele acreditava que tinha que se envolver mais na guerra”, destacou Cooper.

Mudança no posicionamento de Trump após as ações de Israel

Depois do ataque, Trump teria mantido uma postura de alerta, chegando a alertar o primeiro-ministro israelense Benjamim Netanyahu para não atacar o Irã enquanto estivesse em negociação de um acordo nuclear com Teerã. Porém, a situação se modificou após a morte de oficiais iranianos de alto escalão por Israel em junho, o que convenceu Trump a mudar de postura.

O ex-presidente também teria monitorado a reação do seu eleitorado nas redes sociais, observando as divisões internas na linha de fala do movimento MAGA, entre os que são contra intervenções militares e os que apoiam uma postura mais agressiva na política externa.

Decisão final e clima na administração Trump

Conforme relatado pelo Times, Trump se reuniu com seus assessores de segurança nacional pouco depois de retornar de uma reunião do G7, tentando consolidar sua vontade de participar do conflito. Cooper explica que, na ocasião, o presidente manifestou seu desejo de “se envolver na ação”.

Além disso, várias fontes próximas ao ex-presidente revelaram que ele chegou a fazer declarações públicas de que “nós tomamos controle” do espaço aéreo iraniano, fortalecendo a narrativa de que os EUA deveriam fazer parte da guerra.

Reações e perspectivas futuras

Na manhã de terça, Trump declarou que tentaria evitar que Israel continuasse os ataques ao Irã, admitindo, no entanto, que um cessar-fogo já havia sido violado por ambas as partes. Ele afirmou ainda que um novo cessar-fogo estaria “em vigor”, embora sem detalhes específicos.

O episódio revela a forte influência da mídia na formulação de decisões de política externa de Trump, principalmente programas que exaltavam ações militares de aliados e inimigos. A revelação gera discussões sobre o papel da televisão na tomada de decisões de líderes políticos e o impacto na estabilidade regional.

Implicações para o cenário político internacional

Especialistas apontam que essa revelação reforça a ideia de que as decisões estratégicas do ex-presidente podem ter sido moldadas por narrativas midiáticas e pressão de grupos de interesse, além de evidenciar a importância da checagem de informações nas redes e dentro do próprio governo.

O avanço das tensões no Oriente Médio e a eventual participação dos EUA no conflito continuam sendo temas de debate no cenário internacional, com potenciais consequências para a estabilidade da região e a política externa brasileira.

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