Brasil, 26 de junho de 2025
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Gleisi Hoffmann tenta frear votação sobre reajuste do IOF

A ministra das Relações Institucionais busca apoio para barrar Projeto que pode comprometer a receita federal.

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, fez uma mobilização nesta quarta-feira (25/6) em busca de apoio entre líderes da Câmara dos Deputados. Sua principal missão era tentar conter a votação do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que pretende derrubar o decreto do governo federal referente ao reajuste das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Contexto da votação na Câmara

A análise do PDL começou após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciar a inclusão do projeto na pauta da Casa, através de uma postagem na rede social X, na noite anterior (24/6). Inicialmente, a expectativa do governo era que a proposta fosse debatida apenas após o recesso parlamentar. Entretanto, a decisão de Motta de antecipar a votação reflete um desgaste crescente com a administração federal.

Efeito do PDL nas finanças públicas

Gleisi Hoffmann utilizou suas redes sociais para enfatizar os riscos associados à derrubada do decreto. Segundo a ministra, “a derrubada do decreto reduzirá a receita de 2025 em R$ 10 bilhões, colocando em risco o cumprimento da meta de resultado primário em 2025. Para 2026, a revogação do decreto pode dificultar a meta de resultado primário em R$ 30 bilhões.”

Essas imensas perdas na arrecadação são uma preocupação notável, ainda mais em um contexto onde o governo federal já enfrenta desafios significativos para avançar com suas propostas no Congresso. A base governista, que tem se mostrado resistente e fiel, também expressa insatisfação com as questões ligadas ao pagamento das emendas parlamentares.

Repercussão entre os líderes da Câmara

Durante sua tentativa de frear a votação, Gleisi se reuniu com diversos líderes, pedindo que eles orientassem suas bancadas a não votar a favor do PDL ou até mesmo que se omitirem na votação. No entanto, apesar das interações e do apelo da ministra, muitos líderes decidiram seguir com o processo de votação, mostrando que a questão está longe de ser um consenso.

Além disso, Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado Federal, também demonstrou disposição para colocar a proposta em pauta e pedir uma votação rápida, elevando ainda mais a pressão sobre o governo e sua base congressual.

A urgência das emendas parlamentares

Com a aproximação do período eleitoral, a urgência em garantir a destinação das emendas parlamentares se torna ainda mais crítica para deputados e senadores. Muitos veem esses recursos como cruciais para fortalecer suas bases eleitorais e se manterem relevantes no cenário político. Essa pressão por recursos pode influenciar o posicionamento de muitos parlamentares em relação ao PDL e à votação sobre o IOF.

Conforme a situação se desenvolve, a tensão entre o governo e o Congresso Nacional continua a aumentar. O caminho para a aprovação de propostas governamentais se mostra cada vez mais repleto de desafios e exigências, especialmente em um momento em que estão em jogo questões importantes para a arrecadação federal e, por consequência, da saúde financeira do país.

Em um cenário tão delicado, as interações entre a ministra das Relações Institucionais e os líderes da Câmara são fundamentais para entender as dinâmicas políticas locais e como elas podem impactar diretamente a gestão fiscal brasileira.

Para mais informações sobre a situação política e econômica, confira nossas reportagens.

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