No dia 25 de junho, durante o Jubileu dos Bispos em Roma, cerca de 70 bispos brasileiros, incluindo dom Ângelo Ademir Mezzari, arcebispo de Vitória/ES e presidente da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, foram enviados a um importante encontro com o Papa Leão XIV. O diálogo de dom Ângelo com a imprensa destacou a necessidade de os bispos serem testemunhas de esperança em suas comunidades e de viverem com humildade e prudência, características fundamentais trazidas pelo Pontífice.
Importância e representatividade dos bispos brasileiros
O Dicastério para a Evangelização informou que dos quase 400 bispos presentes no Jubileu, o Brasil se destacou como o país com maior presença, refletindo a significativa importância da nação na vivência da fé católica mundial. Após uma celebração na Basílica de São Pedro, os bispos receberam simbolicamente as vestes do Ano Santo, incluindo a estola, a casula e a mitra, antes de participarem de uma peregrinação à Porta Santa.
Durante a solenidade, o arcebispo dom Ângelo fez questão de ressaltar a responsabilidade dos bispos no auxílio à comunidade, especialmente diante dos desafios contemporâneos. Ele se preparou para receber o pálio do Papa no próximo domingo (29/06), um gesto que simboliza a ligação dos arcebispos com o Papa e a responsabilidade de guiar a Igreja local.
O discurso do Papa Leão XIV
No encontro com os bispos, o Papa fez um apelo significativo à vida ministerial, enfatizando valores como a esperança e a conversão. Dom Ângelo compartilhou que o Papa destacou a importância de ser um pastor que vive na humildade e é capaz de reconhecer que, assim como as ovelhas, também é necessário se converter e buscar a bondade divina.
Em suas palavras, Leão XIV fez um chamado claro aos bispos para que sejam exemplos de virtude. Ele disse: “Sejam prudentes e pobres, homens que servem e se despem de todo poder e prepotência”. Essa mensagem forte ressoou entre os presentes, lembrando-os de que a verdadeira liderança religiosa deve estar embasada no amor e no serviço.
Dom Ângelo também destacou outros pontos essenciais do discurso do Papa, mencionando que os bispos devem ser castos e viver com autenticidade, promovendo um celibato que não é apenas uma prática, mas um testemunho vivo da riqueza de Cristo: “Viver nessa castidade é fundamental para que possamos ser servidores verdadeiros e discípulos fiéis do Senhor”.
A necessidade de diálogo e comunhão na Igreja
O arcebispo enfatizou a conexão entre os bispos e o povo de Deus, mencionando a importância de se conduzir com amor e discernimento as lideranças e os fiéis. O caminho sinodal, conforme indicado pelo Papa, é um convite para que a Igreja viva em unidade e comunhão, valores que ainda são essenciais no cenário atual.
O discurso do Papa foi uma poderosa lembrança para todos os líderes da Igreja sobre a urgência de se voltar para os princípios básicos do Evangelho, estabelecendo uma Igreja que acolhe a todos, sem exclusões. Dom Ângelo, ao finalizar sua reflexão, reforçou a certeza de que somente através de um compromisso genuíno com a esperança, humildade e serviço, os bispos poderão guiar suas comunidades eficazmente diante dos desafios que se apresentam.
A participação de dom Ângelo no Jubileu não só colocou o Brasil em evidência no cenário mundial da Igreja, mas também reavivou a importância de suas mensagens para a sociedade contemporânea, um convite para que todos vivam a fé de forma autêntica e servidora.
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